O desemprego no Brasil segue caindo a cada trimestre, mas as taxas ainda continuam elevadas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), havia 12 milhões de desempregados no país no quarto trimestre de 2021.
Embora o valor seja expressivo, corresponde a uma queda de 11,1% na comparação com o trimestre anterior, quando havia 13,5 milhões de desempregados. Em valores percentuais, a taxa passou de 12,6% no terceiro trimestre para 11,1% no quarto. E isso ocorreu devido ao recuo registrado em 15 das 27 Unidades da Federação (UF).
“Todas as regiões tiveram queda na taxa ante ao trimestre anterior, sendo que o Nordeste (17,6%) se mantém com o maior índice”, disse o IBGE. Aliás, as maiores taxas trimestrais de desocupação foram as de Amapá (17,5%), Bahia (17,3%) e Pernambuco (17,1%). Por outro lado, as menores taxas vieram de Santa Catarina (4,3%), Mato Grosso (5,9%) e Mato Grosso do Sul (6,4%).
Já no comparativo anual, as UFs que tiveram crescimento do desemprego no quarto trimestre de 2021 foram: Pernambuco (de 17,2% em 2020 para 19,9% em 2021), Amapá (de 15,0% para 16,6%), Piauí (de 13,2% para 13,6%), Tocantins (de 12,0% para 13,3%) e Pará (de 10,6% para 12,56%).
Outras três UFs se mantiveram estáveis na base anual: Acre (15,3%), Paraíba (14,8%) e Ceará (13,4%). Por sua vez, os demais locais registraram queda em suas taxas.
O IBGE também destacou as altas taxas de desocupação na Bahia (19,5%) e em Sergipe (17,9%), ficando atrás apenas de Pernambuco. Em contrapartida, as menores taxas vieram de Santa Catarina (5,5%), Mato Grosso (8,0%) e Paraná (8,4%).
Rendimento médio real cai em todas as UFs em relação a 2020
Segundo a PNAD Contínua, o rendimento médio real mensal habitual caiu em quatro regiões na comparação trimestral. A única exceção foi o Centro-Oeste, que apresentou estabilidade estatística. A saber, o rendimento ficou estimado em R$ 2.447 no período, valor 3,6% menor que o registrado no terceiro trimestre (R$ 2.538).
Já no comparativo anual, todas as cinco regiões do país tiveram queda em seu rendimento médio. Em suma, a queda foi de 10,7%, visto que o valor médio do quarto trimestre de 2020 era de R$ 2.742.
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