Números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil atingiu o menor patamar em nove anos na taxa de desemprego no trimestre encerrado em junho deste ano.
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De acordo com os dados, a taxa de desocupação no Brasil atingiu 8,0% no trimestre encerrado no mês em questão, o que é o menor resultado para o período desde 2014 e representa uma redução de 0,8 ponto percentual (p.p.) quando se comparado ao trimestre anterior (8,8%), de janeiro a março.
Segundo o estudo, já na comparação com o segundo trimestre de 2022 (9,3%), constata-se que o índice teve uma queda ainda maior, de 1,3 p.p. Conforme a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o segundo trimestre registrou um recuo na taxa de desocupação após crescimento no primeiro trimestre do ano.
“Esse movimento aponta para recuperação de padrão sazonal desse indicador. Pelo lado da ocupação, destaca-se a expansão de trabalhadores na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, no trimestre e no ano”, destaca em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”.
Perfil dos empregados
Segundo o levantamento divulgado nesta sexta, o contingente de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 13,1 milhões de pessoas, isto é, um crescimento de 2,4%, mais 303 mil pessoas, na comparação trimestral. Por outro lado, a quantidade de trabalhadores que estão com carteira assinada no setor ficou estável no trimestre, totalizando 36,8 milhões de pessoas, um aumento de 2,8% – mais 991 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
Conforme o IBGE, quando o assunto é a taxa de informalidade, nota-se que a mesma se manteve estável. Nesse sentido, constatou-se que, no segundo trimestre, ela foi a 39,2%, ante uma taxa de 39,0% no primeiro trimestre – no mesmo período do ano passado estava em 40,0%.
“O tipo de vínculo que se destaca como responsável pelo crescimento da ocupação vem de um dos segmentos da informalidade, que é o emprego sem carteira assinada”, acrescentou, Adriana Beringuy ao jornal citado. Por fim, com relação aos 5,8 milhões de trabalhadores domésticos, constata-se que houve um aumento de 2,6% comparando com o trimestre anterior. Na comparação com o trimestre de abril a junho de 2022, este cenário se manteve.
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