A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou nessa terça-feira, 12, a abertura de uma consulta pública em relação aos preços das tarifas da conta de luz. A entidade abriu para discussão o aumento das tarifas amarelas e vermelhas para o ano de 2022. As discussões ocorrerão até o dia 4 de maio.
Na prática, isso significa que as tarifas da conta de luz podem ficar mais caras. Por outro lado, isso não afeta em nada a bandeira verde, que entrará em vigor nesse sábado, 16. Com isso, a conta de luz vai diminuir, mas se a bandeira mudar novamente, ela pode ficar ainda mais cara do que estava ano passado.
Vai mudar a bandeira
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, por meio de suas redes sociais, que a tarifa da conta de luz voltará a ser a verde. Ele também disse que isso gerará uma redução de até 20% na conta de luz, mas não apresentou de onde vieram os cálculos. Por outro lado, especialistas são unânimes em afirmar que a conta de luz vai baixar muito.
Para quem terá a redução da conta de luz, a notícia representa um alívio para o bolso. Isso porque uma conta de luz de R$300,00 baixará para R$240,00, segundo os cálculos do presidente. Com essa diferença de R$60,00, já é possível colocar a casa em ordem. O valor, que pode parecer pouco, é um grande alívio para quem se esforça para fechar no zero a zero no final do mês.
Contudo, a notícia pode não ser boa até o final do ano. Isso porque, caso o governo precise aumentar a tarifa da conta de luz, esse impacto pode ficar pesado para o bolso do cidadão. Isso porque as tarifas amarela e vermelha podem ficar mais caras a partir do próximo mês.
ANEEL propõe aumentar as tarifas da conta de luz
No projeto que a ANEEL abriu para consulta consta o reajuste das tarifas amarela e vermelha. Isso quer dizer que, caso elas entrem em vigor, o preço ficará ainda maior do que era no ano passado. Segundo a entidade, a inflação tem encarecido os custos de produção de energia elétrica. Ainda, caso não sejam reajustados os preços, o país corre risco de apagão, segundo especialistas.
Com isso, a bandeira amarela passará dos atuais R$ 1,874 para R$ 2,927. O preço recai sobre cada 100 quilowatt-hora (kWh). Para a bandeira vermelha, no Patamar 1, o aumento da cobrança será de R$ 3,971 para R$ 6,237 cada 100 kWh. O Patamar 2 é o único que terá um reajuste para baixo, indo de R$ 9,492 para R$ 9,330 para cada 100 quilowatt-hora (kWh).
Apesar desses reajustes, a cobrança dessas tarifas da conta de luz ainda será menor que a tarifa especial, criada em setembro do ano passado, para cobrir os custos da escassez hídrica. Por outro lado, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que a chance de o Brasil ficar na tarifa verde até o fim do ano é “superior a 97%”.