A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) revelou nesta segunda-feira (13) que a tarifa aérea média doméstica tombou 19,98% no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019. A base comparativa é o ano retrasado, pois o mundo ainda não enfrentava uma pandemia à época.
Por falar nisso, a crise sanitária continua pressionando as tarifas aéreas no Brasil. Em números reais, o valor caiu de R$ 388,95 para R$ 486,10 em dois anos após atualização pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a junho de 2021. Aliás, o IPCA é considerado a inflação oficial do país.
Em contrapartida, a tarifa média doméstica disparou 21,7% em relação ao segundo trimestre de 2020. A saber, esse foi o primeiro trimestre completo que trouxe os impactos provocados pela pandemia da Covid-19, decretada em março do ano passado. Entre abril e junho de 2020, a demanda aérea brasileira despencou mais de 90% por causa da crise sanitária.
Em resumo, a pandemia afetou fortemente o setor aéreo em todo o mundo. Diversos países limitaram a entrada de estrangeiros, quando não fecharam as suas fronteiras. Além disso, as companhias aéreas trabalharam com diversas restrições, bem como estabelecimentos de estadia, como hoteis. Tudo isso fez o setor da aviação afundar em 2020.
Veja mais detalhes do levantamento da Anac
De acordo com a Anac, o preço do combustível de aviação (QAV) disparou 91,7% entre o segundo trimestre de 2020 e de 2021. Isso aconteceu devido ao aumento da demanda por voos, que cresceu bem mais que a oferta do QAV para as companhias aéreas.
Entre as companhias brasileiras, os bilhetes vendidos pela Latam cresceram 21,3% em um ano. Em seguida ficaram os da Azul (18,6%) e da Gol (15,0%). A saber, estas três companhias respondem por 99,5% da demanda por transporte aéreo no país.
Por fim, a Anac revelou que as tarifas médias internacionais de ida e volta na classe econômica caíram, com exceção da África. “Entre os fatores que contextualizam a queda do valor das passagens internacionais, destacam-se a redução dos voos e de rotas, devido a restrições de entrada de brasileiros em outros países, e a diminuição da quantidade de passageiros embarcados em 71,6%, na comparação com o ano de 2019”, disse a Anac.
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