A Polícia Civil revelou, nesta quarta-feira (25), que prendeu um jovem, de 19 anos, em Belo Horizonte, Minas Gerais, suspeito de atuar em um “tribunal do crime” na capital mineira. De acordo com a corporação, o acusado teria participado da morte de três mulheres.
Em nota, a polícia revelou que, conforme as investigações, as vítimas tinham 39, 42 e 54 anos, e foram mortas com golpes de correia e mangueira pelo suspeito e mais dois comparsas. Dos demais envolvidos, somente um foi identificado e está sendo procurado.
Segundo a corporação, as investigações sobre os crimes tiveram início em março deste ano, depois que a entidade teve acesso às imagens das vítimas sendo torturadas pelo grupo – o vídeo circulou por grupos de WhatsApp.
“A partir das imagens, conseguimos identificar dois indivíduos que torturaram três vítimas mulheres. Os suspeitos criaram uma espécie de tribunal no local para punir, com castigos pessoais, moradores que tentavam impedir a atuação do tráfico de drogas ou coibir a práticas de crimes”, revelou em nota divulgada pela Polícia Civil o delegado Túlio Leno, que está à frente das investigações.
O motivo para a tortura
Com as diligências, os policiais descobriram que as três mulheres foram mortas por conta de uma desavença com outra mulher, que ainda não foi identificada. Segundo o delegado, ao invés de procurar a Justiça, a pessoa recorreu ao grupo criminoso, que acabou aplicando o “castigo” nas vítimas.
Por conta do crime, Túlio Leno explica que os suspeitos irão responder pelos crimes de tortura e associação criminosa. “A investigação continua visando identificar outros integrantes do grupo criminoso”, informou o agente público, que ainda ressalta a importância de denunciar as práticas abusivas dos tribunais do crime.
“Aqui fica o apelo para que as denúncias ocorram. Com base nessas informações, conseguiremos minar esse tipo de ação praticada por militantes. O que não pode acontecer é o cidadão de bem ficar preso ao sentimento de hipossuficiência diante de situações tão cruéis quanto essa que aconteceu. Denuncie!”, reforça o delegado.
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