Andre Stefano Dimitriu Alves de Brito, acusado de ter atirado uma bomba de fezes contra o público em um ato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado no Rio de Janeiro, foi denunciado nesta quarta-feira (13) pelo Ministério Público (MP) carioca.
O acusado foi preso na última quinta-feira (07) durante um evento realizado na Cinelândia. No sábado (09), a prisão do suspeito foi mantida, pois a Justiça considerou graves as circunstâncias do crime atribuído ao manifestante.
Nesta quarta, o MP denunciou Andre Brito por explosão e por expor a perigo as pessoas presentes – ele, por meio de sua defesa, nega que tenha cometido os crimes. Agora, com a denúncia do MP, a 16ª Vara Criminal do Rio de Janeiro vai analisar o caso e decidir se o suspeito vai ou não se tornar réu no processo que investiga o que aconteceu durante o evento pró-Lula.
Simone Tebet e aliados enviam manifesto ao TSE propondo pacto de não agressão entre as campanhas
Conforme apontaram testemunhas que estavam no local, Andre Brito atirou a garrafa com o líquido mau cheiroso e um pavio em direção às pessoas que marcaram presença no local. O espaço onde o artefato caiu foi isolado, e o material rapidamente coletado por bombeiros civis.
Na denúncia, o MP relata ser “importante que haja uma resposta dura a quaisquer atos que atentem contra a vida e a integridade física dos apoiadores de qualquer um dos possíveis candidatos, com o fim de coibir novos atos desta natureza, bem como o recrudescimento da violência física, à medida que o pleito se aproxima”.
Na semana passada, ao confirmar a manutenção da prisão do suspeito, a juíza Ariadne Villela Lopes afirmou que o período pré-eleitoral pode acirrar ânimos, sendo necessário promover o “desestímulo de práticas de natureza violenta”.
Assim como relatado no começo da matéria, a defesa do suspeito nega que ele tenha atirado a bomba. Segundo o advogado de André Brito, o acusado é pescador e estava no local para comprar matérias de trabalho.
Segundo o defensor, em dado momento, seu cliente correu em direção a uma viatura da Polícia Militar (PM) para se proteger da correria, sendo, conforme a defesa, neste momento que ele passou a ser apontado como o responsável por causar a explosão no ato de Lula.
Leia também: ‘Não precisamos brigar’, diz Lula a militantes após apoiador do PT ser morto