A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) divulgou as suas novas projeções para a balança comercial brasileira em 2022. De acordo com os dados, o superávit da balança poderá atingir a marca de US$ 34,524 bilhões no próximo ano. Isso representa um tombo de 39,7% na comparação com os US$ 57,222 bilhões estimados para 2021.
Em resumo, a AEB explica que esse resultado acontecerá devido à queda das exportações. A saber, a entidade estima que os envios aos exterior irão gerar uma receita de US$ 262,379 bilhões ao país. Esse valor é 4,7% menor que os US$ 275,316 bilhões estimados para este ano.
Por outro lado, as importações devem crescer 4,5% em 2022, passando de US$ 218,094 bilhões para US$ 227,885 bilhões. Dessa forma, a queda das exportações e o aumento das importações deverá gerar uma contribuição negativamente do comércio exterior para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022.
Veja o que vai enfraquecer a balança comercial em 2022
Diversos fatores estão reduzindo o otimismo para o próximo ano, como a indefinição das eleições presidenciais. No entanto, o que mais vai pesar para a redução do superávit da balança comercial serão as commodities. Em suma, os preços destes produtos primários com cotação internacional estão muito elevados.
Ainda assim, essa situação não deverá se manter em 2022. Pelo menos é o que afirma o presidente da AEB, José Augusto de Castro. Segundo ele, a projeção é que o preço do petróleo recue 18,5% no próximo ano, enquanto o minério de ferro deve despencar 34,1%. Em contrapartida, o preço da soja deve crescer 11,8% em 2022.
O relatório da AEB também destaca que as importações estão crescendo devido à falta global de componentes, contêineres e navios. Isso está obrigando os países a comprar mais do exterior. E esse aumento da demanda acaba impulsionando o preço dos produtos, encarecendo a importação.
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