Na Suíça, os eleitores rejeitaram a proposta feita por ativistas em direitos dos animais sobre o país se tornar o primeiro do mundo a proibir testes em animais. A menção abrangia tanto experimentos científicos quanto médicos, que não seguiam rumo à evolução e respeito aos animais.
Em contrapartida, foram aprovadas algumas restrições mais severas quanto a propagandas de cigarros, por meio de um referendo realizado no último domingo, 13. No que compete à proibição de testes em animais, somente 21% dos eleitores se posicionaram a favor do tema. No entanto, a maioria expressiva de 79% foi contra a pauta.
Os dados foram divulgados pelo Governo da Suíça, através do referendo nacional executado perante a tradição suíça de democracia direta. É importante explicar que os apoiadores da proposta tinham a intenção de interromper os testes em animais diante da alegação de que é uma cruel, antiética e desnecessária.
Porém, todas as justificativas foram barradas pela suprassuma da oposição, as empresas farmacêuticas da Suíça. Foi então que o setor aproveitou para alertar sobre os danos econômicos que poderiam ser provocados por tal tipo de proibição. A CEO do grupo Interpharma, Rene Buholzer, disse estar contente com a rejeição desta iniciativa danosa. “Mostra que a população suíça reconhece o papel central da pesquisa para a saúde das pessoas e para a prosperidade na Suíça”, declarou.
Os defensores do projeto reforçaram que tanto os animais de laboratórios, quanto aqueles usados para fornecer comida fazem parte de uma grave discriminação. Desta forma, o co-presidente da campanha, Renato Werndli, questionou qual é a razão para não haver mais empatia com os animais.
Ainda assim, em uma outra votação realizada no último domingo, os eleitores decidiram optar por restrições mais duras a propagandas de tabaco, situação que recebeu o apoio de 57% dos eleitores.
Enquanto isso, as restrições farão que propagandas para a comercialização de cigarros seja proibida em jornais, cinemas, internet, eventos e outdoors. Em meio a este cenário os defensores da pauta encorajam os jovens a fumar.