Nesta quarta-feira (04) o conselheiro federal da Confederação Suíça, Guy Parmelin, afirmou que a Suíça passará a fazer doações para o Fundo Amazônia. Contudo, a entidade não citou quais serão os valores dos aportes. Vale ressaltar que a visita de Palmerin ao Brasil visa fortalecer as relações econômicas e comerciais, a participação da Suíça em grandes projetos de infraestrutura, o acordo de livre comércio entre a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA) e o MERCOSUL e a cooperação nas áreas de educação, pesquisa e inovação.
Falas de Parmelin e Alckmin
Ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin, na sede do Ministério das Relações Exteriores, Guy Parmelin afirmou:
A partir de hoje, aprimoraremos nosso engajamento. Tenho o prazer de anunciar que a Suíça vai contribuir para o Fundo Amazônia. A primeira contribuição será nas próximas semanas. Queremos lançar essa parceria com o Brasil e outros países.
Além disso, em declaração à imprensa, Alckmin agradeceu pela iniciativa dos suíços:
Muito importante para a recuperação da nossa Floresta Amazônica, [gostaria de] destacar a boa parceria econômica e as oportunidades de investimentos.
Em complemento, o vice-presidente afirmou o Brasil tem compromisso com o desenvolvimento sustentável e o combate ao desmatamento ilegal. Segundo ele, as Forças Armadas estão presentes na Amazônia para retirar garimpeiros ilegais e invasores de áreas de preservação, ou seja, com a realização de um grande trabalho na região. Além disso, entre os projetos, inclui-se o apoio ao fundo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a promoção da bioeconomia e a proteção da Amazônia.
Anúncio de Rui Costa
Como Geraldo Alckmin, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo lançará um novo plano de desenvolvimento nacional em julho que incluiria a transição energética como seu “pilar central”. Por fim, Rui Costa afirmou que o Brasil tem desafios e problemas a serem superados, mas enquanto se enfrenta os desafios, esses próprios desafios trazem grandes oportunidades de investimentos e parcerias.
Sobre o Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia, criado em 2008, recebe principalmente doações da Noruega e da Alemanha. Em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, os países suspenderam repasses e congelaram valores para novos projetos, mantendo apenas os pagamentos programados. No entanto, desde a posse do presidente Lula, o Fundo Amazônia acumula aportes e promessas de R$ 3,19 bilhões, com a finalidade de captar doações em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, além da promoção, conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal.
Após a eleição de Lula, Noruega e Alemanha anunciaram a retomada do financiamento ao Fundo Amazônia. Os Estados Unidos e o Reino Unido também anunciaram seu desejo de distribuir fundos ao Brasil, uma medida tomada pelo presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recentemente.