O setor de serviços do país cresceu em dez anos. A saber, o número de empresas aumentou em 400 mil, enquanto o setor empregou 2,4 milhões de trabalhadores a mais entre 2010 e 2019. Pelo menos é o que indica a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada na última quarta-feira (25).
De acordo com o IBGE, o Sudeste respondeu por 56,6% do total do pessoal ocupado em serviços no país em 2019. Embora o valor seja bastante expressivo, representa uma perda de 3,7 pontos percentuais (p.p.) de participação na mão de obra do país entre 2010 e 2019.
Com o recuo da participação nacional do Sudeste, outras duas regiões tiveram acréscimo em suas taxas. Em resumo, o maior avanço foi registrado pelo Sul, cuja taxa cresceu 1,7 p.p., para 17,5%. O Nordeste também teve crescimento entre 2010 e 2019 do pessoal ocupado no setor de serviços. Nesse caso, o avanço foi de 1,1 p.p., para 15,0% da participação na mão de obra do Brasil.
Veja remuneração do setor nas regiões do país
Além disso, o IBGE também informou que a região Sudeste registrou uma perda de 3,9 p.p. em relação aos salários, retiradas e outras remunerações. Por outro lado, houve crescimento nas taxas das seguintes regiões: Sul (1,9 p.p.), Nordeste (1,0 p.p.) e Centro-Oeste (1,0 p.p.). O Norte, por sua vez, não teve variação significativa entre 2010 e 2019.
A saber, as empresas do Sudeste pagaram 2,5 salários mínimos, em média, para os trabalhadores do setor de serviços em 2019. Esse valor superou a média nacional, de 2,3 salários mínimos, mas ficou menor que o valor pago em 2010, de 2,8 salários mínimos.
Por fim, vale ressaltar que todas as Grandes Regiões do país registraram redução do salário médio pago aos profissionais do setor. Outro destaque do levantamento foi o Nordeste, que figurou como a região do país que paga a menor remuneração para os trabalhadores, de 1,7 salários mínimos.
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