Com a pressão pela demissão de assessores, Boris Johnson ofereceu renúncia, contudo avisou que deve permanecer no cargo até que seja feita a escolha de um novo sucessor, nesse período, é improvável que o mesmo tenha apoio para tomada de decisões consideradas importantes dentro do governo.
Com isso, o novo nome que irá substituí-lo só deve ser conhecido após setembro. Ainda segundo suas próprias palavras : “É claramente a vontade da bancada parlamentar que deve haver um novo líder daquele partido e, portanto, um novo primeiro-ministro”.
Discurso nada emocionante de Boris
Sem demonstrar qualquer emoção, Boris atacou os membros do seu próprio partido, depois dos pedidos de demissão em massa, que atingiram entre ministros e assessores mais de 60 nomes do governo. Além disso, Boris comentou: “Como temos visto em Westminster, o rebanho é poderoso. E quando o rebanho se move, ele se move… E, meus amigos, na política ninguém é remotamente indispensável”.
As coisas se complicaram para o governo quando Johnson resolveu nomear Chris Pincher para um cargo importante dentro do governo. O problema é que Pincher, um conservador, acabou confessando ter apalpado dois homens, um deputado entre eles, isso em um clube em Londres. O Ministro sabia das acusações contra Pincher, aparentemente havia “esquecido”.
As candidaturas já começaram
A eleição dentro do partido conservador para substituir o atual primeiro-ministro deve começar somente após setembro. Contudo Tom Tugendhat, foi o primeiro conservador a oficializar sua candidatura. Tom fez elogios a Boris pela renúncia e comentou realizações positivas do governo: “Ele entregou o Brexit (divórcio com a União Europeia), impulsionou as vacinas e liderou sobre a Ucrânia. Agora, precisamos de um começo limpo”.
Além disso, uma recente pesquisa realizada somente com membros do partido conservador, indica algumas possibilidades. O provável vencedor segundo essa pesquisa, seria Ben Wallace de 52 anos, atual ministro da Defesa, em uma simulação contra todos os outros candidatos, o nome de Ben aparece a frente.
Alguns trechos do discurso proferido pelo atual primeiro ministro
Boris:
“Eu hoje nomeei um gabinete para servir, assim como eu, até que um novo líder esteja no lugar”.
“Nos últimos dias, tentei convencer meus colegas de que seria uma excentricidade mudar o governo quando estamos fazendo tanto e quando temos um mandato tão amplo. (…) E lamento não ter tido sucesso com esses argumentos, e é claro que é doloroso não ser capaz de realizar tantas ideias e projetos”.
“A razão pela qual eu lutei tanto nos últimos dias para continuar entregando esse mandato pessoalmente não foi apenas porque eu queria fazê-lo, mas porque senti que era meu trabalho, meu dever, minha obrigação com vocês, continuar fazendo o que prometemos em 2019”.
“Quero agradecer a vocês, britânicos, pelo imenso privilégio que me deram. E quero que saibam que, de agora em diante, até que o novo primeiro-ministro esteja no cargo, seus interesses serão atendidos e o governo do país vai continuar”.