A Stone encerrou o segundo trimestre deste ano com um prejuízo líquido de R$ 150,5 milhões. Dessa forma, a adquirente reverteu o lucro de R$ 150,3 milhões registrado no mesmo período de 2020. E diversos fatores fizeram a fintech brasileira ter um resultado tão negativo no período.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que a Stone é uma empresa de pagamento que fornece máquinas de cartões de crédito, débito e voucher. Assim, ela faz a conexão entre as bandeiras de cartão e os bancos emissores para que as transações financeiras sejam processadas.
No segundo trimestre, ajustes de R$ 397,2 milhões derrubaram o lucro da empresa e fizeram-na ir para o campo negativo. Aumento dos investimentos e das despesas financeiras e menor desembolso vertical de crédito ajudaram a aumentar o prejuízo da Stone no período.
De acordo com o CEO da Stone, Thiago Piau, a empresa errou em relação ao segmento de crédito. Em resumo, ele disse que a fintech não previu o funcionamento ruim do novo sistema de registro de recebíveis. Isso afetou diretamente o lucro da Stone no trimestre.
“Por isso, decidimos adotar uma abordagem cautelosa e implementamos algumas ações prudentes, como parar temporariamente o desembolso e aumentar a cobertura para potenciais perdas futuras, o que impactou nossos resultados reportados para o trimestre”, explicou Piau, em nota.
Stone cai quase 4% na Nasdaq
Ainda segundo o executivo, as operações da Stone no segmento só voltará a funcionar quando o sistema estiver consertado. Até lá, as operações não serão retomadas. Aliás, Piau acredita que isso demorará de três a seis meses.
“Aprendemos muito nos últimos dois anos construindo nosso produto de crédito e continuamos muito animados com a oportunidade de longo prazo e os benefícios materiais para nossos clientes”, considerou o executivo.
Vale destacar que a Stone chegou a cair 3,94% na Nasdaq, uma das bolsas de valores de Nova York, no último dia 25. Em suma, este dia ficou marcado pela ampla divulgação do documento da Stone em que ela cita os problemas com o novo sistema. A saber, o sistema começou a vigorar no Brasil em 7 de junho.
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