O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para o dia 9 de maio, terça-feira, o julgamento de brasileiros que participaram dos atos em Brasília no dia 8 de janeiro. A medida vem após o quarto bloco de denunciados por invadir as sedes dos três poderes. O tribunal vem analisando caso a caso para determinar quem será réu e quem não será.
Além da marcação do julgamento, o STF soltou mais de 40 pessoas que estavam presas por conta dos mesmos atos em 8 de janeiro. Ao todo, já são mais de 300 brasileiros tornados réus na justiça brasileira.
STF terá mais réus por atos de vandalismo em Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) analisou o quarto conjunto de denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Na pauta, diversos brasileiros acusados de participar de atos de vandalismo nas sedes dos três poderem em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano. A votação não necessitará de presença dos ministros.
Isso porque a votação será no plenário virtual do tribunal, que permite que ministros computem seus votos em uma página da internet no STF. O julgamento, que começará no dia 9, se estenderá até o dia 15. Segundo especialistas, os ministros estão analisando caso a caso, de forma individualizada. Caso o tribunal receba as denúncias, os brasileiros acusados viram réus e passam a responder a uma ação penal na Corte.
Até agora, o STF já tornou réus mais de 300 brasileiros com esse mesmo procedimento. Esses brasileiros tiveram a acusação formalizada no primeiro e no segundo bloco de acusações. Além disso, o terceiro bloco de acusações está sob análise. Ainda, nesse caso, o ministro Alexandre de Moraes votou por abrir as ações penais, voto que os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Edson Fachin acompanharam.
Políticos também têm envolvimento
Além dos cidadãos já acusados de participarem dos atos de vandalismo, o STF também está escutando o depoimento de diversos políticos do país. Isso porque imagens internas das câmeras de segurança e postagens na internet podem ter servido como impulsionadores dos motins. Ainda, até mesmo um ministro do governo Lula perdeu o mandato ao ser visto no Palácio do Planalto no dia dos acontecimentos.
Além do ministro do atual presidente, o ex-presidente, Jair Bolsonaro, também prestou depoimento à justiça. Isso porque o político fez uma postagem, em suas redes sociais, onde compartilhou um vídeo que questionava os resultados das eleições. Apesar disso, Bolsonaro afirmou que fez o compartilhamento sem intenção e que, no momento, estava sob efeitos de medicamentos, já que estava internado em um hospital nos Estados Unidos.