Nesta segunda-feira, 4, cerca de 200 soldados do Reino Unido auxiliaram na distribuição de combustível nos postos britânicos. O ocorrido foi em meio à crise da gasolina registrada nas últimas semanas.
Embora o governo de Boris Johnson alegue que a situação está sob controle, a Associação de Varejistas de Petróleo apontou que 25% dos estabelecimentos do setor estão sofrendo com a falta de combustível nas bombas. Em um primeiro momento os militares irão atuar na região sudeste da Inglaterra e na capital, Londres.
Além disso, todas as cadeias de suprimento do Reino Unido, como de carne de porco, de ave, gasolina, remédios e leite estão à beira do colapso devido à escassez de mão de obra proveniente do Brexit e da pandemia. Lembrando que o Brexit consiste na Saída do Reino Unido da União Europeia.
Pode-se dizer que o problema foi agravado pelo impulso dos britânicos de comprar combustível excessivamente junto à falta de caminhoneiros. Ambos foram os responsáveis por cenas de caos e desordem em várias cidades britânicas na última semana, bem como longas filas de motoristas.
Em casos extremos, alguns britânicos partiram para a violência na disputa pelas bombas de gasolina, enquanto outros armazenaram combustível em velhas garrafas de água. O ministro das Finanças do Reino Unido, Rishi Sunak, disse que a convocação de motoristas extras acontece como uma medida de precaução.
“A situação está melhorando agora, acho, há mais de uma semana todos os dias está melhorando, e à medida que a procura volta a níveis mais normais, a grande expectativa é que as coisas se resolverão”, declarou o ministro
Cerca de 20 postos de combustível permaneceram fechados em Londres e no sul da Inglaterra na tarde desta segunda-feira. Enquanto isso, outros motoristas faziam fila nos pouquíssimos postos que estavam abertos.
A estimativa do governo é para que a situação possa se normalizar dentro do período de uma semana a dez dias. Este foi o prazo estabelecido para que os estoques de combustíveis retornem aos níveis usuais nos postos.
É importante mencionar que, os motoristas de outros países europeus que quiserem entrar no Reino Unido deverão cumprir uma série de procedimentos burocráticos além de arcar com os custos de taxas, todos esses pontos encarecem o frete além de prolongar o tempo das viagens. Na tentativa de amortizar o problema, o governo britânico viabilizou a emissão de, aproximadamente, cinco mil vistos de trabalho temporário para cidadãos estrangeiros.
Ao todo são 150 motoristas do Exército que passaram por um treinamento para substituir formalmente os caminhoneiros na distribuição de combustível. Outro grupo com a mesma quantidade de soldados estão na espera para serem convocados se necessário.