Com a rotina cada vez mais atribulada por trabalho, estudos, afazeres de casa e até mesmo com os compromissos casuais, muita gente acaba vivendo quase que no automático, sem priorizar suas escolhas ou aproveitar mais das experiências do dia.
O resultado da falta de tempo e ate do autocuidado, é uma forte pressão emocional e física, que acaba se manifestando como condições extremamente negativas, como a ansiedade, por exemplo.
O Brasil é o país que mais possui pessoas ansiosas no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). São aproximadamente 18 milhões de brasileiros, que enfrentam este transtorno emocional.
Diante desta triste realidade, não basta apenas buscar políticas de tratamento, mas também de prevenção, como é o caso deste movimento Slow Living.
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O que é o Slow living
O Slow Living é considerado mais que um movimento e sim, um estilo de vida, já quem promove mudanças na rotina, comportamento, além é claro, da conscientização nas escolhas diárias com foco no bem estar e qualidade de vida.
Apesar de o termo parecer novo para muitos, o slow living foi originado ainda na década de 80, seguindo como inspiração o Slow Food, que nada mais é do que a luta pela valorização do ato de comer com a consciência da produção ao consumo do alimento.
Dai em diante, este estilo de vida passou a ser adotado por pessoas que buscam rever seus hábitos, não só da alimentação, como também de higiene, beleza, saúde, finanças, social, amoroso e até nos entretenimentos, adequando assim, todas as esferas da vida.
Apesar de parecer simples, não é nada fácil colocar o slow living em prática, principalmente, pela própria sociedade e mercado exigirem que o indivíduo dê conta de diversos afazeres e em tempo recorde.
Como colocar o Slow Living em prática
Qualquer mudança no estilo de vida exige muito foco e disciplina. Para desacelerar e viver consciente nas escolhas do dia a dia, o mais indicado é começar as transformações aos poucos.
A atenção também deve ser redobrada nas ações do dia a dia, dessa forma, qualquer hábito ou momento pode se tornar único e especial.
Outra tática para aplicar o slow living é se “desligar” alguns minutos por dia do mundo. Para isso, nada de TV ou celular, visto que cada vez mais as tecnologias consomem o tempo e despertam ansiedade entre a sociedade.
E para apreciar o momento, nem sempre é preciso ter uma vida privilegiada ou possuir condições financeiras, afinal, o slow living preza pela presença e mesmo que o trabalho não permita esta flexibilidade, algumas escolhas como ir caminhando a pé até o serviço, deixar o celular de lado na hora do almoço e curtir a conversa com os colegas de equipe ou quem sabe até acordar uns minutos mais cedo para meditar ou tomar um banho relaxante ao som da música favorita.
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