Infelizmente, uma notícia assustadora. O número de queimadas na Amazônia bateu recordes no mês de outubro. Então, o cenário provoca um verdadeiro impasse na busca por culpados. A saber, a bola da vez fica entre a União e governantes do Amazonas e do Pará.
É uma dança das cadeiras, na busca por culpados, e não por uma solução.
Dessa forma, são muitos os argumentos. Governadores e prefeitos locais atribuem a responsabilidade uns ao outros e ao vento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coloca a culpa na gestão anterior. Já os ativistas, dizem que o problema está no El Niño.
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Focos de queimadas na Amazônia
Cabe mencionar que o bioma da Amazônia teve nada menos do que 22.061 focos de incêndio em outubro deste ano, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Assim, foram 8.150 casos a mais do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, representando uma alta de quase 60%.
Somente o Amazonas teve 3.858 focos de incêndio, o maior número para o mês desde 1998, quando começou a série histórica do Inpe.
Já o Pará registrou 11.378 focos de incêndio em outubro. Foi o maior número registrado no nessa época do ano desde 2008, quando 11.568 focos de incêndio foram computados.
Nuvem de fumaça
A origem da nuvem de fumaça que afeta Manaus e do número elevado de queimadas tem criado animosidades na região amazônica.
Em meados de outubro, o superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Araújo, disse que a densa fumaça que envolvia Manaus tinha origem nos municípios de Careiro e Autazes, no Amazonas.
De acordo com Araújo, essa fumaça seria resultado de incêndios causados por agropecuaristas nessas áreas e é transportada para Manaus por meio de massas de ar.
Contudo, na última semana, o governador do Amazonas, Wilson Lima, publicou um vídeo afirmando que a fumaça que cobria a capital tinha origem nas queimadas registradas em municípios do oeste do Pará.
Inclusive, a informação foi reforçada por um dado publicado no site da Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas, que utilizou conteúdo do Inpe e imagens de satélite para reafirmar que a culpa da fumaça em Manaus era do estado vizinho.
Enquanto isso, o Ibama já admitiu a falta de estrutura para combate das queimadas na Amazônia.
“Obviamente a gente tem de se planejar melhor, ter estruturas melhores”, disse o presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
Tema parece estar esquecido entre os entusiastas
Em anos anteriores, quando os registros de queimadas na Amazônia também tiveram números elevados, artistas nacionais e internacionais promoveram mobilizações. Isso, tanto na internet quanto nas ruas.
Aliás, a ativista sueca Greta Thunberg e o ator americano Leonardo Di Caprio, foram dois grandes representantes da questão.
Para quem não acompanhou na ocasião, Di Caprio criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, em publicação feita em 2020, pela atuação diante das queimadas.
Ainda mais, desde o início do período de queimadas na Amazônia, em julho, até o momento, o Brasil somente foi mencionado nas redes sociais de Greta em uma publicação.
Em suma, o texto, que não é de sua autoria, foi compartilhado em 20 de setembro e falava sobre a possibilidade de o país registrar sua temperatura mais alta da história durante uma onda de calor.
Apesar do silêncio sobre as queimadas no Brasil, incêndios florestais na Itália e no norte da África, por exemplo, foram compartilhados pela ativista.
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Governo cita apenas os números do desmatamento
Por fim, apesar dos números recordes de queimadas na Amazônia em outubro, o governo federal tem dado foco no número do desmatamento, que apresentou queda entre agosto de 2022 e julho de 2023.
A saber, o Ministério do Meio Ambiente afirmou nesta quinta-feira (9), que o desmatamento na Amazônia caiu 22,3% no período citado.
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