Simone Tebet (MDB), senadora e pré-candidata à presidência da República, afirmou nesta quarta-feira (13) que, juntamente com dirigentes dos partidos de sua aliança, o PSDB e o Cidadania, enviou um manifesto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) propondo um “pacto de não agressão entre todas as campanhas, de todos os candidatos, de todos os partidos e coligações”.
De acordo com ela, o documento foi entregue Alexandre de Moraes, que é ministro do Supremo Tribunal federal (STF) e foi eleito recentemente ao cargo de presidente do TSE – ele assume o cargo no próximo mês de agosto.
Segundo Simone Tebet, é preciso um pacto para ressaltar e deixar claro “para as brasileiras e brasileiros”, o “compromisso inalienável com as nossas instituições, com a integridade do processo eleitoral e com a disputa democrática”.
“Nosso comprometimento, sobretudo, é com a paz, a harmonia e a dignidade humana”, disse ela em entrevista ao canal “CNN Brasil” ao comentar sobre o documento, que além de sua assinatura, também leva o nome dos presidentes do MDB, Baleia Rossi, do PSDB, Bruno Araújo, e do Cidadania, Roberto Freire.
“Não importa de que lado parte a violência: qualquer ato que atente contra a integridade física de qualquer pessoa tem que ser repudiado, condenado e punido com o máximo rigor da lei”, diz o manifesto, que ainda completa que “Impedir qualquer indivíduo de fazer campanha, sob qualquer pretexto, é crime previsto na legislação eleitoral, passível de punição com prisão”.
“É inadmissível. Acima de tudo, está a nossa democracia e a garantia do eleitor de manifestar, de forma secreta e livre, as suas escolhas com absoluta integridade, sem riscos e constrangimentos de qualquer natureza”, finaliza o manifesto.
A entrega do documento aconteceu em Brasília, em uma audiência onde partidos pediram ações da Justiça Eleitoral pela segurança nas eleições. Além do manifesto, também foi entregue ao futuro presidente do TSE um “Memorial da Violência Política contra a Oposição”.
No texto, listou-se episódios de agressões e ameaças à esquerda desde 2018. Um dos casos citados foi o que aconteceu no último final de semana, quando o tesoureiro municipal do PT, Marcelo Arruda, foi morto em Foz do Iguaçu, no Paraná, por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
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