Calado desde que perdeu a eleição presidencial para o rival Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro deve fazer seu pronunciamento ainda nesta segunda (31) ou até terça-feira (1) sem contestação à votação, conforme informações divulgadas pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. Lula venceu a eleição domingo à noite com 50,90% (60.333.057 votos) contra 49,10% (58.199.287 votos) do presidente de direita, que se tornou o primeiro presidente a ser derrotado em busca da reeleição.
O que Bolsonaro está fazendo?
Ao contrário do que costuma acontecer nas disputas eleitorais, Bolsonaro ainda não ligou para parabenizar o candidato eleito. Vale lembrar que o ato não é oficial, mas é uma tradição na política brasileira. Em seu discurso na Avenida Paulista, Lula comentou que seu oponente não o parabenizou. “O presidente derrotado teria que ter ligado pra mim reconhecendo a derrota. Não ligou e não sei se vai ligar”, afirmou. Todavia, segundo Faria, Bolsonaro está escrevendo o discurso e está sendo assessorado por seus aliados mais próximos, incluindo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ministro da Segurança Institucional, Augusto Heleno, o próprio ministro das Comunicações e outros aliados.
Jornais internacionais comentam sobre o silêncio de Bolsonaro
“Luzes apagadas e silêncio no palácio” é a manchete do jornal Público de Portugal, um dos canais de comunicação internacional que comentou sobre o silêncio de Bolsonaro perante a derrota nas urnas. Em sua reportagem, o jornal citou informações do jornal do Estado de São Paulo, que informava que líderes evangélicos comentavam que Bolsonaro se encontrava “inacessível”, perante contato dos próprios aliados.
Além disso, o jornal norte-americano The New York Times publicou uma manchete na qual afirmava que Bolsonaro permaneceu “silencioso” enquanto o país se preparava para uma “turbulência”. “O presidente Jair Bolsonaro ainda não reconheceu sua derrota eleitoral após meses de advertência, sem provas, de que adversários fraudariam a votação”, afirma o veículo.
O jornal francês Le Monde também destacou a vitória de Lula sobre Bolsonaro, chamando o silêncio do candidato derrotado de “inquietante”. “Um silêncio ensurdecedor, que sugere o perigo de uma eventual contestação dos resultados”, diz o artigo.
Por fim, o jornal espanhol El País seguiu a mesma linha das demais manchetes, citando a falta de comunicação de Bolsonaro e enfatizando o retorno do PT ao “Brasil dividido”, dizendo que o resultado foi “o mais apertado da democracia moderna brasileira”.
Lula promete governar um único Brasil
Em suma, apesar de metade dos eleitores não escolherem Lula como líder da nação brasileira, em seu primeiro discurso após ser anunciado como presidente eleito, ele prometeu que a partir de 1º de janeiro “governaria por todos”. “A partir de 1º de janeiro de 2023 vou governar para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação”, discursou Lula.
Estou insatisfeita com o novo presidente! Sua falha de caráter foi inesquecível! Agora, será que procurou ajuda pscicologica! Que país que teremos!