Uma das maiores varejistas do mundo deu uma excelente notícia para os consumidores brasileiros. Isso porque a Shein disse que vai custear os impostos dos consumidores que fizerem compras de até US$ 50 na plataforma online. O custeio acontecerá no ICMS, maior fonte de arrecadação do país. O imposto estadual tem alíquota de 17% para todos os estados.
Isso porque o Governo Federal disse que vai acabar com os impostos de compras de até US$ 50, o que resultaria apenas no imposto estadual. Para a Shein, o custo não deve ser para o consumidor e, por isso, a empresa deve custear. Especialistas criticam posicionamento da empresa.
Shein fez a felicidade de consumidores
A Shein informou que vai pagar o ICMS das compras de até US$ 50 feitas pela plataforma. A varejista chinesa recebeu a certificação do programa Remessa Conforme no dia 14 de setembro. A certificação garante à empresa um acordo com o governo no intuito de manter os mercados consumidores dessas empresas.
Com as novas regras, existem duas formas de tributação sobre as compras internacionais feitas pela Shein:
- Compras de até US$ 50: compras ficam isentas de imposto de importação, mas produtos ainda possuem a incidência de ICMS (17%). Custo será bancado pela Shein.
- Compras acima de US$ 50: incidência de imposto de importação (60%) e ICMS (17%). Na prática, o produto vai ficar muito mais caro para o consumidor.
Apesar disso, alguns consumidores vem relatando que a Receita Federal está tributando compras menores de US$ 50. Contudo, é preciso entender se a plataforma de compra está cadastrada no Remessa Conforme também. Atualmente, o sistema da Shein já tem integrado os novos custos de importação.
Para especialistas, a nova tributação deve proteger o varejo nacional, mas se torna ineficiente para o consumidor de menor renda. Dessa forma, as compras de pequenos valores seguem atrativas para os brasileiros.
Empresa vai pagar o imposto pelo consumidor
A Shein informou que vai pagar o ICMS das compras de até US$ 50 para o consumidor. O subsídio não vale para as compras de valores maiores. Para isso, a varejista diz que vai melhorar a eficiência logística para baratear os custos.
Na prática, a empresa quer gastar menos para fazer a entrega. Além disso, a Shein quer que o produto chegue mais rápido para o consumidor. Com a mudança, a Shein diz que não vai mudar os preços da plataforma virtual. Contudo, especialistas dizem que parte desse subsídio deve ser repassado aos preços da plataforma, mas de forma imperceptível para o consumidor. “Para nós é muito importante poder regularizar os impostos. Mas o mais importante é não causar nenhum dano ao consumidor”, diz Marcelo Claure, CEO da Shein na América Latina.