O mercado de trabalho dos Estados Unidos teve um resultado bastante expressivo em março deste ano. A saber, a maior economia mundial criou 431 mil vagas de trabalho no mês passado.
Vale destacar que os dados de fevereiro foram revisados para cima. Isso porque os números relatados inicialmente indicavam a criação de 678 mil postos de trabalho no segundo mês deste ano. Contudo, após revisão, os dados revelaram que o país criou 750 mil vagas em fevereiro.
O resultado de março mostra uma grande desaceleração na comparação mensal. Contudo, a redução já era esperada, visto que a média das projeções de analistas era de 490 mil postos de trabalho criados no mês. Aliás, os dados vieram abaixo do esperado pelo mercado.
Seja como for, o mercado de trabalho americano continua mostrando a sua força. Em resumo, o mês passado ficou marcado por três grandes desafios: inflação elevada, início da alta dos juros e guerra entre Rússia e Ucrânia.
Todos estes fatores estão interligados. Os conflitos no leste europeu vêm pressionando ainda mais as cadeias globais de suprimentos e impulsionando a inflação global. Quanto mais elevada a taxa inflacionária, mais os Bancos Centrais aumentam os juros. E tudo isso reduz o crescimento econômico.
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou os dados do mercado de trabalho norte-americano na última sexta-feira (1º). Estas informações sobre a criação de novos postos de trabalho excluem o setor agrícola.
Taxa de desemprego cai para 3,6% em março
De acordo com o Departamento do Trabalho, a taxa de desemprego nos Estados Unidos ficou em 3,6% em março. A saber, o governo norte-americano passou a incorporar novas suposições populacionais nos dados do desemprego em janeiro deste ano. Por isso, não é possível fazer uma comparação anual dos dados.
A saber, a taxa de desemprego estava em 4,0% em janeiro e caiu para 3,8% em fevereiro. “Ganhos notáveis de vagas continuaram em lazer e hospitalidade, serviços profissionais e de negócios, varejo e manufatura”, disse o Departamento do Trabalho norte-americano.
O desemprego no país recuou em março, principalmente, devido a taxa das mulheres adultas, que caiu para 3,3%. Já a taxa entre homens adultos ficou em 3,4%.
No mês passado, os Estados Unidos também registraram 6 milhões de desempregados, queda de 318 mil pessoas nesta condição no país. Aliás, a taxa é expressivamente menor que os 14,7 milhões de desempregados registrados em abril de 2020, início da pandemia da Covid-19.
Por fim, os EUA têm sofrido com uma onda de pedidos de demissão entre os trabalhadores. Em suma, isso está acontecendo devido às políticas de auxílio e ao fortalecimento do mercado de trabalho americano, que permitem a busca por melhores vagas de emprego.
A saber, o país registrou 787 mil pedidos de demissão no mês passado. Embora o número seja expressivo, representa uma queda de 176 mil pedidos em relação a fevereiro (963 mil).
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