O comércio brasileiro vem enfrentando fortes perdas nos últimos anos. A saber, o setor perdeu mais de 466 mil postos de trabalho entre 2014 e 2019. No período, também houve o fechamento de 177 mil empresas do ramo comerciário.
Estes dados fazem parte da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A propósito, o levantamento foi realizado em 2019, mas o IBGE só divulgou as informações nesta semana.
Em resumo, havia cerca de 1,6 milhão de empresas no comércio brasileiro e mais de 10,6 milhões de pessoas ocupados no setor. No entanto, esses números caíram para pouco mais de 1,4 milhão e cerca de 10,2 milhões, respectivamente. Isso representa uma perda de 4,4% do pessoal ocupado e 11% das empresas do setor.
Confira os segmento do setor que mais perderam postos de trabalho
De acordo com o IBGE, os três segmentos que apresentaram as maiores perdas de postos de trabalho foram: atacado, varejo e comércio de veículos, peças e motocicletas. Destes, o comércio varejista liderou as perdas, com 326,2 mil postos de trabalho a menos no país, o que representa um tombo de 4,1%.
Na sequência ficou o segmento por atacado, que teve perdas de 108 mil postos de trabalho, recuo de 5,9%. Já o comércio de veículos, peças e motocicletas registrou 32 mil postos de trabalho a menos entre 2014 e 2019, queda de 3,4%.
Já em relação ao número de empresas fechadas no período, o comércio por atacado foi o único entre os três segmentos a conseguir um resultado positivo. Em suma, o atacado teve a abertura de 6,2 mil novas empresas no período. Em contrapartida, o segmento varejista perdeu 178,8 mil, enquanto o de veículos teve 4,6 mil empresas a menos.
Estes resultados também fizeram a remuneração do setor cair no período. Segundo o IBGE, a queda salarial média no comércio como um todo atingiu 2,6%. O recuo foi resultado dos tombos registrados em todos os três segmentos: atacadista (-2,5%), varejista (-1,0%) e de veículos (-12%).
Por fim, o IBGE destacou que “após cinco anos consecutivos de liderança do comércio varejista, o comércio por atacado assumiu a 1ª posição em 2019, retornando ao status que perdeu em 2013”.
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