O índice de atividades turísticas despencou 36,7% em 2020, na comparação com o ano anterior. E a principal razão para o resultado tão negativo no setor foi a pandemia da Covid-19. Decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março, a crise sanitária atingiu todos os países do mundo, de forma direta ou indireta. Hoje, há poucas semanas de completar um ano, a pandemia parece ainda estar longe do seu fim.
A saber, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela Pesquisa Mensal de Serviços, divulgou os dados nesta quinta-feira (11).
Em resumo, a pandemia afetou diretamente o setor de atividades turísticas devido às medidas de isolamento social adotadas em todo o mundo. Nessa toada, as áreas mais atingidas, segundo o IBGE, foram as de transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis. Também vale ressaltar os fortes impactos sofridos por: rodoviário coletivo de passageiros, catering, bufê e outros serviços de comida preparada, e agências de viagens.
A propósito, o levantamento engloba apenas 12 Unidades da Federação (UFs): Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. E todas as 12 UFs registraram perdas em 2020. Os principais impactos negativos vieram de São Paulo (-40,0%), Rio de Janeiro (-30,9%), Minas Gerais (-35,2%), Bahia (-37,2%) e Rio Grande do Sul (-43,3%).
Índice despenca 29,9% em relação a dezembro de 2019
De acordo com o IBGE, o setor de turismo apresentou estabilidade em dezembro do ano passado (0,00%), na comparação com o mês anterior. Assim, interrompeu uma sequência de sete meses seguidos de taxas positivas. Aliás, nesse período, acumulou ganhos muito expressivos de 120,8%. No entanto, para retornar ao nível de fevereiro, anteriormente à pandemia da Covid-19, o índice ainda precisa avançar 42,9%.
Já em relação a dezembro de 2019, o volume de atividades turísticas no Brasil despencou 29,9%. A saber, esta é a décima retração consecutiva na comparação entre os meses de 2020 com o seu respectivo em 2019. Em suma, o que mais contribuiu para o forte resultado negativo foi a queda na receita das empresas que atuam com transporte aéreo, restaurantes, hotéis, serviços de bufê, rodoviário coletivo de passageiros, agências de viagens e locação de automóveis.
Por fim, todas as 12 unidades federativas pesquisadas tiveram resultado negativo nessa base comparativa. Mais uma vez, o maior destaque negativo ficou com São Paulo (-37,4%), seguido por Rio de Janeiro (-29,1%), Minas Gerais (-30,4%), Rio Grande do Sul (-37,3%), Paraná (-24,6%) e Santa Catarina (-31,8%).
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