O volume de serviços no país caiu 0,6% em setembro deste ano na comparação com o mês anterior. Apesar do recuo, o setor continua acima do nível registrado em fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19.
Com o acréscimo do resultado de setembro, os serviços passaram a acumular crescimento de 11,4% em 2021. Já em 12 meses, o avanço é bem mais tímido, de 6,8%. Em resumo, na comparação com setembro de 2020, o volume disparou 11,4%, sétima taxa positiva consecutiva após 14 meses de queda.
Além disso, a média móvel trimestral teve uma variação positiva de 0,3% em relação ao trimestre móvel encerrado em agosto. A taxa vem registrando avanços desde junho de 2020. A propósito, os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (14).
“Com o resultado de setembro, o setor ainda ficou 3,7% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas está 8% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014″, ressaltou o IBGE.
Quatro das cinco atividades de serviços caem no mês
De acordo com o IBGE, quatro das cinco atividades pesquisadas do setor de serviços registraram decréscimo em suas taxas em setembro. A saber, o destaque ficou novamente com os serviços prestados às famílias, único avanço no mês (+1,3%), sexto consecutivo.
“Esses são justamente os serviços que mais sofreram com os efeitos econômicos da pandemia e têm mostrado algum tipo de fôlego, de crescimento. Com o avanço da vacinação e a flexibilização das atividades econômicas, as pessoas voltam a consumir com maior intensidade serviços de alojamento e alimentação”, disse o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Os outros quatro grupos caíram no mês: outros serviços (-4,7%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e serviços de informação e comunicação (0,9%).
“A queda do setor de serviços se deu de maneira relativamente disseminada. Quando observamos por segmentos, as principais pressões negativas vieram, além do transporte aéreo de passageiros, de serviços financeiros auxiliares, investigado dentro de outros serviços, e de telecomunicações, dentro do setor de serviços de informação e comunicação”, explicou Lobo.
Por fim, o IBGE informou que apenas os serviços prestados às famílias tiveram resultados positivos na média móvel trimestral, subindo 2,4%. Em contrapartida, três atividades caíram: outros serviços (-1,2%), transportes (-0,6%) e profissionais, administrativos e complementares (-0,5%). Já os serviços de informação e comunicação ficaram estáveis em setembro.
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