O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (25) a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2019. E os dados apresentados mostram o quanto o setor de serviços do país cresceu no período de dez anos, entre 2010 e 2019.
Em resumo, o Brasil ganhou 400 mil empresas do setor no período, o que representa um aumento de 41,5% em dez anos. Assim, o número de empresas passou de 969.204 em 2010 para 1.371.608 em 2019. Já em relação aos empregados, o setor de serviços gerou 2,4 milhões de postos de trabalho, alta de 23%, passando de 10.440.382 para 12.836.057 entre 2010 e 2019.
Embora o número de trabalhadores tenha crescido expressivamente em dez anos, a média de ocupação recuou de 11 para 9 trabalhadores por empresa. Isso quer dizer que, proporcionalmente, o crescimento do número de empresas superou o de empregados do setor.
A PAS 2019 também revelou que o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio tinha a maior média de ocupação do setor em 2019, chegando a 15 trabalhadores por empresa. Em contrapartida, os segmento das atividades imobiliárias e de serviços de manutenção e reparação possuíam a menor média de ocupação, com apenas 4 empregados por empresa.
Veja mais detalhes do desempenho do setor de serviços
De acordo com o IBGE, as empresas do segmento de informação e comunicação tinham os maiores salários, chegando a cerca de 4,5 salários mínimos. Apesar de liderar entre os segmentos do setor, os salários médios chegavam a 5,7 salários mínimos em 2010.
Da mesma forma, os seguintes segmentos também pagavam salários acima da média do setor de serviços: outras atividades de serviços (3,0 salários mínimos) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,8 salários mínimos).
Por fim, a pesquisa do IBGE revelou que os salários mais baixos do setor eram pagos aos serviços prestados principalmente às famílias. Nesse caso, o valor chegava a 1,5 salários mínimos. Na comparação com 2010, houve leve avanço, visto que a média salarial à época era de 1,4 salários mínimos.
Leia Mais: Financiamento imobiliário dispara 114% entre janeiro e julho