O volume de serviços no país cresceu 1,4% em dezembro de 2021, na comparação com o mês anterior. Com isso, o setor acumulou um crescimento de 10,9% no ano passado, em relação a 2020 e atingiu o maior patamar desde agosto de 2015.
Aliás, os serviços se distanciaram ainda mais do nível de fevereiro de 2020, último mês antes da decretação da pandemia da Covid-19. A saber, o setor está 6,6% acima do nível pré-pandemia, ou seja, conseguiu eliminar todas as perdas registradas na crise sanitária.
“Nos primeiros meses de 2020, o setor de serviços foi duramente afetado em função da necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial”, explicou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
“Por outro lado, a pandemia trouxe oportunidades de negócios para serviços voltados às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares, que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos serviços de caráter presencial”, acrescentou Lobo.
Ao considerar apenas o desempenho do setor em dezembro, houve um crescimento de 10,4% na comparação com o mesmo mês de 2020. Em resumo, essa foi a décima taxa positiva seguida, após 14 meses de queda.
Da mesma forma, a média móvel trimestral cresceu 0,8% em relação ao terceiro trimestre de 2021. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Serviços, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta quinta-feira (10).
Quatro das cinco atividades do setor sobem em dezembro
De acordo com o IBGE, quatro das cinco atividades pesquisadas do setor de serviços tiveram alta em dezembro. Em suma, o único recuo veio dos setor de serviços de informação e comunicação (-0,2%). O recuo fez a atividade devolver uma pequena parcela do ganho registrado em novembro (4,7%).
Já os outros quatro grupos avançaram em dezembro. Os principais destaques positivos do mês foram os serviços auxiliares aos transportes e correio outros serviços (1,8%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (2,6%). Ambos subiram pelo segundo mês consecutivo.
Os outros avanços vieram de outros serviços (1,4%) e de serviços prestados às famílias (0,9%). No primeiro caso, a atividade desacelerou fortemente em relação a novembro, quando havia crescido 4,2%.
Já os serviços prestados às famílias avançaram pelo nono mês seguido, período em que acumulou expansão de 61,6%. “Essa foi a atividade que sentiu os maiores efeitos da pandemia, perdeu muita receita nos meses iniciais, mas e de lá pra cá vem reduzindo suas perdas”, disse Rodrigo Lobo.
Por fim, o IBGE informou que quatro atividades tiveram resultados positivos na média móvel trimestral: serviços prestados às famílias (+1,8%), transportes (1,3%), os serviços de informação e comunicação (+0,7%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,3%). A única retração foi registrada por outros serviços (-0,5%).
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