O setor de serviços registrou queda de 8,7% nos dez primeiros meses de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, houve recuo em quatro das cinco atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação dos dados aconteceu nesta sexta-feira, dia 11. A saber, o volume de serviços subiu 15,8% de junho a outubro, mas isso ainda não reverteu o recuo de 19,8% acumulado no ano.
De acordo com a pesquisa, os serviços prestados às famílias caíram 37,7% em 2020. Dessa forma, provocaram o maior impacto no resultado nacional. Em resumo, o segmento sofreu muita pressão com a queda das receitas de restaurantes, hotéis, bufê e serviços de comida preparada. O IBGE ressaltou que o setor apresenta recuperação lenta devido às atividades presenciais. E isso acontece porque as medidas adotadas contra a pandemia da Covid-19 impedem o funcionamento à plena capacidade para evitar aglomerações. Somado a isso, existe o medo da população em relação à suscetibilidade de contágio.
Ao mesmo tempo, houve pressão negativa de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-8,5%). Da mesma forma, os serviços profissionais, administrativos e complementares também caíram 12,0%. Em ambos os casos, a redução na receita das empresas relacionadas aos segmentos foi a maior influência para o resultado negativo.
Por fim, os serviços de informação e comunicação exerceram o menor impacto no cenário nacional, com queda de 2,3% no acumulado do ano. Os segmentos do setor que apresentaram maiores perdas de receita foram os de telecomunicações, programadoras e atividades relacionadas à TV por assinatura, operadoras de TV por satélite e consultoria em tecnologia da informação.
Apenas uma atividade de serviços avançou no ano
Em resumo, a única alta de janeiro a outubro ficou com o setor de outros serviços. Aliás, o aumento alcançou 6,4% em relação ao mesmo período de 2019. Ao contrário do que foi registrado nas outras atividades, houve alta na receita de vários segmentos. Por exemplo, corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias, administração de bolsas e mercados de balcão organizados e atividades de administração de fundos por contrato ou comissão.
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