A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) informou nesta quinta-feira (16) que o setor de cartões crescerá 20% no próximo ano. Com isso, o volume movimentado nas transações deve superar R$ 3 trilhões.
A saber, essa estimativa segue o crescimento de 24,5% esperado para o setor neste ano. Com esse forte aumento, as estimativas apontam que a participação dos cartões no consumo das famílias deve ficar bastante próxima de 60%.
“Hoje os meios eletrônicos de pagamento já são mais da metade do consumo das famílias e quase um terço do PIB. O primeiro e segundo trimestre deste ano já mostram uma forte recuperação do setor, que foi bastante afetado pela pandemia no ano passado”, disse o presidente da Abecs, Pedro Coutinho.
Aliás, as declarações ocorreram na abertura do 15º Congresso de Meios Eletrônicos de Pagamento. No evento, também houve a celebração dos 50 anos da entidade.
Abecs lança projeto piloto sobre crediário no cartão
Além das falas de Pedro Coutinho, o vice-presidente da Abecs, Ricardo Vieira, também falou no evento. Em resumo, ele aproveitou para revelar que um projeto piloto sobre crediário no cartão terá início neste mês em Brasília (DF) e Campinas (SP). Vieira também ressaltou que a Abecs apoia diversos projetos, pois busca por inovações no setor.
“É uma iniciativa que vai ajudar a promover ainda mais essa nova modalidade. Temos outros projetos, como a expansão da tecnologia NFC [para pagamento por aproximação] no comércio e na mobilidade urbana”, disse o vice-presidente da Abecs.
No evento, Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras, também fez declarações sobre as transformações em relação aos meios de pagamentos.
“Estamos perto da marca de R$ 2,5 trilhões em transações, cifra que era impensada alguns anos atrás. Algumas tendências foram aceleradas pela pandemia, como a importância do comércio eletrônico, a transformação das relações de trabalho, a preocupação socioambietal e a desconstrução acelerada do papel moeda”, disse Rial.
Por fim, ele fez um apelo para que parem de colocar bancos e fintechs em posições rivais. “Existe espaço para várias empresas. O consumidor não carece de bancos ou instituições de pagamento, mas de empresas voltadas para ele, com olhar de múltiplas soluções”, disse.
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