Os preços dos alimentos no Brasil estão cada vez mais caros, e a população se vê obrigada a gastar sempre mais para adquiri-los. Em junho, os preços do setor caíram 0,05% em relação a maio, primeiro recuo desde dezembro do ano passado.
Com o acréscimo desse resultado, os preços dos alimentos passaram a acumular avanço de 8,60% em 2021. A variação é bem menor que a registrada pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), que variou 1,31% em junho e agora acumula disparada de 19,11% no ano.
Apesar do recuo no mês, a atividade continuou exercendo a quarta maior influência no IPP no acumulado de 2021 (2,21 p.p.). Os outros três setores que lideraram os impactos no IPP no semestre são: refino de petróleo e produtos de álcool (3,34 p.p.), indústrias extrativas (3,34 p.p.), outros produtos químicos (2,64 p.p.).
A propósito, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou o levantamento do IPP e divulgou os dados nesta quarta-feira (28). Aliás, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, isso quer dizer que os valores não sofrem variação com impostos e frete.
O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.
Confira mais detalhes do desempenho do IPP
De acordo com o IBGE, os preços dos alimentos em junho ficaram 31,08% maiores que os registrados no mesmo mês de 2020. A saber, as variações do setor seguem acima dos 30% desde setembro do ano passado, quando disparou 32,51%.
Por fim, os alimentos exerceram o maior impacto no IPP no acumulado dos últimos 12 meses, de 7,60 p.p. Em resumo, o IPP acumula forte alta de 36,81% no período. Os outros destaques do ano são: refino de petróleo e produtos de álcool (5,87 p.p.), indústrias extrativas (5,44 p.p.) e outros produtos químicos (4,29 p.p.).
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