Uma confusão entre manifestantes contrários ao passaporte vacinal da Covid-19 e alguns vereadores de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, fez com que a sessão no plenário da Câmara na cidade, que discutia o veto da prefeitura à exigência, tivesse que ser suspensa.
A confusão, registrada nesta quarta-feira (20), começou quando o vereador Cláudio Janta (Solidariedade) discursava em favor da vacina. Durante seu discurso, ele solicitou que a Mesa Diretora organizasse o local para que o distanciamento social e o limite de ocupação na Câmara fosse respeitado.
Ainda nas imagens, é possível ver o vereador Roberto Robaina (PSOL) indo ao encontro do público. Logo na sequência, uma confusão é instaurada, sendo possível constatar trocas de socos e empurrões.
Em entrevista ao portal “G1”, Roberto Rabaina disse que as pessoas que estavam no local tentaram agredir ele e um funcionário seu – este último acabou sendo vítima das agressões, afirmou o vereador. “Tentaram me agredir, agrediram um assessor meu”, disse.
Durante a confusão, também é possível ver uma troca de socos entre Cláudio Janta e dois homens não identificados. Segundo o vereador, ele foi agredido. Ainda segundo as gravações, em dado momento, o vereador Pedro Ruas (PSOL) pega o microfone e afirma que os manifestantes presentes no local estavam agredindo os parlamentares.
Por outro lado, o parlamentar Alexandre Bobadra (PSL) disse que um colega é quem teria agredido um manifestante, sem identificar quem.
Por conta da confusão, Idenir Cecchim (MDB), presidente da sessão, pediu para que um manifestante fosse encaminhado à delegacia. De acordo com as informações, apesar de levado à autoridade policial, nem o suspeito e nem ninguém foi preso por conta do fato.
Câmara dos vereadores repudia o fato
Em nota, a Câmara Municipal repudiou os atos de violência e de intimidação contra os vereadores. Além disso, a entidade também ressaltou que fará um boletim de ocorrência sobre a confusão e também por conta de pessoas que exibiram um cartaz com a reprodução de uma suástica nazista.
“Prisão não houve, mas vamos fazer um boletim de ocorrência, daqueles que portavam cartazes de suástica”, informou a entidade no comunicado.
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