Servidores que atuam no Congresso Nacional realizaram nesta quarta-feira (08) um ato em defesa da democracia. Isso, exatamente um mês depois que apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
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O evento desta quarta foi realizado no Salão Negro do Congresso, um dos locais depredados, e foi feito, de acordo com os organizadores do ato, para que seja possível mostrar que a democracia não se dobra aos ataques golpistas como os feitos no dia 08 de janeiro.
De acordo com as informações, antes do ato em si, as pessoas que estavam no local fizeram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do terremoto na Turquia e na Síria. Assim como publicou o Brasil123, os tremores na região, registrados na segunda-feira (06), causaram pelo menos oito mil mortos e milhares de feridos.
Após a homenagem, Giovani Viana, diretor da Polícia Legislativa do Senado, fez um discurso e classificou o ato realizado no Congresso Nacional como sendo “louvável e simbólico”. Não suficiente, ele afirmou que a instituição está sempre de prontidão para defender a democracia.
Além de Giovani Viana, quem também discursou foi o diretor da Polícia Legislativa da Câmara, Adilson da Paz. De acordo com ele, não era possível imaginar que pudesse acontecer algo como o registrado no dia 08 de janeiro. Todavia, ele relata que os ataques serviram para fortalecer as instituições do país.
“Aquele 8 de janeiro veio para fortalecer mais a democracia o que mais me orgulha do dia 8 é a bravura dos meus companheiros. Homens e mulheres que não sabiam se voltariam para casa. Agradeço por esse momento de estar, não comemorando a invasão, mas a democracia. Unidos somos mais fortes”, afirmou o diretor.
Logo após os discursos feitos pelos diretores da Câmara dos Deputados e Senado Federal, os servidores do Congresso Nacional foram para o gramado do local e deram as mãos em torno de uma bandeira com a palavra “democracia”.
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