Informações publicadas pelo jornal “O Globo” revelam que o cantor Sérgio Reis, durante seu depoimento à Polícia Federal (PF), negou que tenha integrado o grupo que promoveu a convocação de pessoas para que ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fossem realizados.
O conteúdo do depoimento do cantor foi revelado nesta sexta (27), mas a oitiva aconteceu na quinta (26), quando investigadores da PF ouviram Sérgio Reis durante as diligências que apuram a organização de atos antidemocráticos.
Sérgio Reis deu sua versão sobre os fatos por meio de uma de videoconferência, diretamente do hospital onde está internado, em São Paulo, capital. Na oitiva, ele afirmou que não participou de movimentos antidemocráticos, muito menos quis chamar as pessoas para atacarem o Supremo e seus ministros.
A fala do cantor vai de encontro com o áudio dele que circula nas redes sociais. Na gravação, Sério Reis afirma que defende a paralisação de caminhoneiros para pressionar o Senado e afastar ministros da Corte.
Esse material, inclusive, foi um dos motivos que fizeram a Procuradoria Geral da República (PGR) pedir a abertura de uma investigação sobre o caso. Após a solicitação, acatada pela Justiça, a PF esteve, assim como publicou o Brasil123, na casa do cantor. Na ocasião, o artista foi alvo de busca e apreensão.
Atos criminosos e violentos
A decisão de aceitar o pedido da PGR foi feita pelo ministro Alexandre de Moraes. Em sua decisão, o membro do Supremo afirmou que Sérgio Reis e também os outros investigados estão convocando as pessoas para praticar o que ele chamou de “atos criminosos e violentos de protesto”.
Segundo Antonio Galvan, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), que também é alvo das investigações, o ministro está errado. Isso porque, de acordo com ele, também segundo matéria publicada pelo “O Globo”, o “movimento nunca compactuou com depredação ou ameaça”. “Nós defendemos o direito de ir e de vir e de falar”, disse, o executivo.
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