A Justiça Federal tornou réu o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil). O motivo: uma ação popular movida por deputados do PT, que afirmam que o ex-ministro deve ser condenado a ressarcir os cofres públicos supostos prejuízos causados à Petrobras por sua atuação na Lava Jato.
De acordo com informações da jornalista Julai Dualibe, da “Globo News”, na petição, os deputados do PT Rui Falcão, Erika Kokay, Natalia Bonavides, José Guimarães e Paulo Pimenta afirmam que Sergio Moto, enquanto juiz da Lava Jato, adotou condutas que atentaram “contra o patrimônio público e contra a moralidade administrativa”.
“Essas condutas tiveram severos impactos na economia do país e em sua estabilidade democrática e institucional”, afirmaram os deputados, que também alegaram que o ex-juiz cometeu crimes como “desvio de finalidade”, e “abuso de autoridade” durante a Lava Jato, produzindo assim “um cenário de desarranjo econômico de altíssimo custo social em nosso país”.
Iniciada em 2014, a Operação Lava Jato foi uma força-tarefa de combate a corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Ao todo, estima a Polícia Federal (PF), foram recuperados R$ 4,3 bilhões. Além disso, 174 pessoas acabaram condenadas em 1ª e 2ª instância.
O que diz Sergio Moro
Em nota, Sergio Moro afirmou que a ação popular proposta pelos membros do PT sobre ele é “risível”. “Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação. Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela”, disse ele.
Em outro momento, o ex-juiz disse que, atualmente, vive-se em um momento de inversões de valores. “A inversão de valores é completa: Em 2022, o PT quer, como disse Geraldo Alckmin, não só voltar a cena do crime, mas também culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista”, disse Sergio Moro.
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