Sergio Moro (União Brasil), ex-ministro e ex-juiz federal, revelou na sexta-feira (20), durante o programa “Morning News”, da web rádio Insuperável, qual deverá o cargo que ele concorrerá nas eleições deste ano: o de senador, por São Paulo. Apesar da revelação, o agora político ressaltou que não descarta disputar outro posto.
“Estou hoje em São Paulo, estou construindo aqui um espaço. Isso precisa ser construindo, evidentemente, dentro do partido [União Brasil], mas é possível, é provável que eu seja candidato ao Senado por São Paulo. Mas isso ainda está em uma construção. Posso ser também candidato a uma outra posição”, disse Sergio Moro.
Durante a entrevista, ele ainda explicou o porquê de ter mudado de partido. Segundo ele, a mudança aconteceu porque o Podemos, sua antiga legenda, estava ficando isolada de outras siglas na construção da chamada terceira via, que nasceu com o intuito de tentar acabar com a polarização entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e o ex-chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na disputa pela presidência.
“Surgiu essa possibilidade de ir para o União Brasil, com a expectativa de ajudar na criação dessa candidatura única, ou um projeto que tivesse condições de romper a polarização. E por isso a gente fez esse movimento, e é para isso que a gente trabalha. O partido depois acabou escolhendo como pré-candidato o Luciano Bivar, e essa é a situação que se apresenta hoje. De todo modo, eu continuo na vida pública”, explicou.
Até a troca de partido, Sergio Moro era pré-candidato à presidência e figurava em terceiro nas pesquisas. Ao migrar para o União Brasil, o ex-juiz afirmou que havia desistido de disputar à presidência da República. Dias depois, ele convocou a imprensa dizendo que “não desistiu de nada”, destacando ainda que não seria candidato a deputado federal, como queria sua nova casa eleitoral.
Por conta desse atrito, integrantes do União Brasil ameaçaram fazer uma campanha para retirar Sergio Moro do partido. “Em caso de insistência em um projeto Nacional, o partido vai impugnar a ficha de filiação de Moro”, afirmou à época Alexandre Leite, deputado federal e tesoureiro do União Brasil.
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