Sergio Moro (União Brasil), ex-ministro da Justiça, voltou a afirmar que ainda pensa em disputar a eleição para a presidência da República. Isso, mesmo com seu novo partido tendo afirmado que vai indicar o deputado federal e presidente da legenda, Luciano Bivar, como pré-candidato ao Palácio do Planalto.
Sergio Moro nega que tenha sido cúmplice de Bolsonaro
Em entrevista à revista Veja veiculada na quinta-feira (21), Sergio Moro ressaltou que, hoje, seu nome está em terceiro lugar nas pesquisas, perdendo apenas para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e para o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL).
“Continua sendo candidato à presidência, se desejado? Sim! Veja, as pesquisas me apontavam com 8% a 10% das intenções de votos. Eu tinha a terceira posição, a candidatura mais competitiva, mas se a gente não tem uma aglutinação de forças que venham do mundo político, sociedade e setor privado não adianta. Nós temos que ter realmente uma união”, declarou.
Em seguida, ainda ressaltando que está em terceiro na pesquisa, ele afirmou que é preciso “algum sacrifício” para que seja possível conseguir mais apoio. “Olha, eu estou em terceiro lugar nas pesquisas, mas para a gente poder avançar, e essa foi a minha percepção, a gente precisava ter uma aglutinação partidária, tempo de televisão, maiores recursos”, pontuou.
Apesar de toda essa disponibilidade para disputar o cargo de presidente, Sergio Moro deixou claro que tem se colocado à disposição do União Partido. Nesse sentido, o ex-juiz federal se auto classificou como um “soldado da democracia”, dizendo ainda que aceitará o que for firmado pela sigla que se filiou recentemente — após sua saída do Podemos.
“Eu deixo essa posição de escolha para o partido. Neste momento, me coloco à disposição. A decisão vai ser do partido e o que for decidido a gente vai cumprir. Não vou chegar num partido e dizer que ‘eu sou rei da cocada preta’. Então, eu tenho que assumir essa posição e gente tem que respeitar isso. A minha posição é a mesma para os outros partidos. Se eu não for escolhido, vou estar lutando pelo que eu acho certo”, disse o ex-ministro.
Por fim, Sergio Moro opinou que os políticos e pré-candidatos ao Palácio do Planalto precisam parar de se pautar nos interesses pessoais para focarem na mudança eleitoral do país. “Eu acho que falta de união para um nome da terceira via. É um pouco de colocarem os interesses pessoais na frente dos interesses do Brasil. Por isso, eu dei esse passo para trás”, concluiu.
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