O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou, nesta quarta-feira (17), durante entrevista ao programa “Conversa com Bial”, da “TV Globo”, que está pronto para ser um dos candidatos à Presidência da República nas eleições de 2022. “Estou pronto para liderar esse projeto, e construindo um projeto consistente com o povo brasileiro. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, o projeto segue adiante”, afirmou o ex-ministro no programa.
A candidatura de Sergio Moro ainda não é oficial, mas é dada, por especialistas, como certa. Prova disso é que agora ele tem até partido. Isso porque, assim como publicou o Brasil123, na última semana, o ex-ministro se filiou ao Podemos.
No evento, que aconteceu em Brasília, ele não falou como um pré-candidatura, mas agiu como tal, discorrendo sobre assuntos como segurança pública e saúde e ainda tecendo críticas aos governos anteriores e também ao atual que, até outrora, ele fazia parte.
Ainda na cerimônia de filiação, Sergio Moro também relembrou de escândalos de corrupção como o do “mensalão”, que atingiu o PT, e o das “rachadinhas”, que envolve a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Sergio Moro, da magistratura à iminente candidatura
Ex-ministro e ex-juiz, Sergio Moro ganhou destaque por conta da Operação Lava Jato. Isso porque, à época das investigações, ele era o magistrado da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, no Paraná, órgão que investigou um esquema de corrupção e desvio de recursos públicos envolvendo a Petrobras e políticos.
Por conta da ação, inúmeras pessoas foram presas. Dentre elas o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Todavia, quanto a este último, as acusações foram anuladas, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou que Sergio Moro agiu com parcialidade ao condenar o petista.
Antes desta anulação, todavia, Sergio Moro já estava bem longe da magistratura. Isso porque, no final de 2018, ele abandonou seu cargo como juiz para assumir, no começo de 2019, o Ministério da Justiça. No entanto, o que era um casamento perfeito com Bolsonaro acabou mal, pois o ex-juiz deixou seu cargo acusando Bolsonaro de ter tentado interferir na Polícia Federal (PF) com o objetivo de proteger familiares e amigos.
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