Ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral foi condenado mais uma vez por conta da operação Lava Jato. Desta vez, a condenação foi dada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que determinou que o ex-chefe do Executivo estadual deverá ficar mais quatro anos e sete meses na prisão por sonegação fiscal.
De acordo com o magistrado, a condenação aconteceu após uma denúncia feita pelo Ministério Público (MP) por conta dos crimes apurados na Operação Calicute, um desdobramento da Lava Jato. Na denúncia, consta que Sérgio Cabral escondeu informações e ainda prestou informações falsas às autoridades fazendárias quanto ao pagamento do Imposto de Renda dos anos de 2013, 2014 e 2015.
“Analisando os autos, em cotejo que os demais processos em que Sério Cabaral é réu, verifico que há robusto conjunto probatório da ocultação de patrimônio realizada pelo líder da organização criminosa, tendo em vista a evolução patrimonial desproporcional se comparada as suas declarações de imposto de renda”, afirmou Marcelo Bretas em sua decisão.
No julgamento, a defesa do ex-governador disse que a acusação estava sendo feita com base em provas ilegais, pois usou dados da quebra de sigilo bancário de outra ação. Todavia, Marcelo Bretas afirmou que essa quebra de sigilo poderia ser usada, pois não há necessidade de se fazer um novo requerimento para cada ação penal instaurada, como a defesa atestou que deveria ter sido feito.
Condenações de Sérgio Cabral
Sérgio Cabral foi preso em novembro de 2016 e, desde então, está no Batalhão Especial Prisional, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Hoje, o ex-governador responde a 33 processos e foi condenado em 22. Ao todo, já são quase 400 anos de pena por conta de condenações na Justiça Federal do Paraná e também do Rio de Janeiro.
No final do ano passado, assim como publicou o Brasil123, o ex-governador recebeu o direito de cumprir prisão domiciliar em cinco processos. Apesar dessa decisão, a primeira favorável a Sérgio Cabral, ele continuou na cadeia, pois responde a outros processos que impediram que ele conseguisse usufruir do benefício.