Apesar de já terem se passado 27 anos da adoção do real no Brasil, muitas pessoas possuem em casa um punhado de notas e moedas raras dos antigos planos monetários do Brasil. Mas vale dizer que, talvez por nostalgia ou por julgarem que no meio delas possa existir alguma moeda rara, poucas pessoas se desfazem dessas peças.
Por outro lado, a má notícia é que, na maioria dos casos, nenhuma dessas notas ou moedas tem algum valor, porém, também pode acontecer de você ter no seu cofrinho um item muito valioso. Embora não exista uma fórmula mágica para descobrir se a peça é rara ou não, levantar informações sobre ela faz toda a diferença. Nesse sentido, o caminho mais fácil para isso é por catálogos de moedas.
Também é importante destacar que o vice-presidente da Sociedade Numismática Brasileira, Bruno Pellizzari, afirma que o erro mais comum das pessoas é achar que moeda antiga é sinônimo de valor. “Uma moeda emitida há duas décadas pode valer mais do que uma do Império ou da Colônia. O que dita o preço de uma peça não é a idade e, sim, a quantidade de moedas feitas naquele ano específico e o estado de conservação.” afirma Pellizzari.
Cabe salientar que ele está acostumado a avaliar moedas antigas, então, diz que são raras as pessoas que encontram moedas valiosas no cofrinho de casa. “Eu já recebi moedas para avaliar que custavam alguns milhares de reais. Mas é muito difícil alguém surgir despretensiosamente com uma peça rara”. pontua o vice-presidente.
Saiba mais a seguir!
Sobre a moeda mais valiosa
Antes de mais nada, Pellizzari ainda fala sobre as notas e moedas raras e que a moeda brasileira mais valiosa é a Peça da Coroação. Ela é uma moeda de ouro de 6.400 réis feita para comemorar à coroação de D. Pedro 1º, em 1822. Dessa forma, acredita-se que foram produzidas somente 64 unidades dela. O fato é que o imperador acabou não gostando do resultado da moeda. Afinal de contas, ele foi representado na peça com o busto nu, como se fosse um imperador romano, mas o que ele queria mesmo era ser representado em farda militar.
“Das 64 unidades, hoje são conhecidas apenas 16”, diz Pellizzari.
Além disso, é possível afirmar que essa foi a moeda brasileira mais cara já negociada em um leilão. Isso, pois, ela foi vendida por cerca de US$500 mil nos Estados Unidos em 2014. Ainda no Brasil, há algumas unidades em exposição pública no Museu de Valores, em Brasília. Do mesmo modo, nos seguintes locais:
- No Museu Numismático Herculano Pires (Itaú Cultural), em São Paulo;
- No Museu Histórico Nacional; no Rio de Janeiro;
- No Centro Cultural Banco do Brasil; também no Rio.
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Como identificar o valor das notas e moedas raras?
De antemão, é importante repassar a informação do colecionador de notas e moedas raras Plínio Pierry. Ele é criador da startup Collectgram, criada com o objetivo de ajudar colecionadores a encontrarem informações sobre suas moedas. Portanto, ele dá uma dica valiosa na hora de oferecer suas peças no mercado, explicando assim, a diferença entre “preço” e “valor”.
“Uma moeda da Revolução Farroupilha terá mais valor e, por consequência, um melhor preço, se oferecida para algum colecionador do Rio Grande do Sul. Com a história da moeda em mãos, você conseguirá extrair mais argumentos de valor e chegar a um melhor preço”, pontua Plínio Pierry.
No entanto, ele também pondera que a tiragem das moedas influencia muito no valor final. “Toda moeda tem uma quantidade finita de emissões e, quanto menos moedas emitidas em um determinado ano, maiores as chances de ela valer alguma coisa. No Brasil, uma moeda já é considerada escassa se foram emitidas menos que 1 milhão de unidades”, afirmou.
Por fim, ele também destaca que as moedas com erros de cunhagem podem valer muito. É possível citar como exemplo, um dos casos mais emblemáticos, ou seja, a moeda de R$0,50 que saiu do processo de cunhagem sem o 0 que completa o cinquenta. Assim, possui apenas o número 5. “O defeito pode valorizar uma moeda comum. Os defeitos podem ocorrer tanto no design da moeda quanto na sua produção por alguma falha mecânica ou humana”, destacou Plínio Pierry.
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