O sentimento econômico da zona do euro encerrou agosto com uma queda firme. A saber, o índice caiu de 119,0 pontos em julho para 117,5 pontos neste mês, ficando abaixo das estimativas, que indicavam uma queda para 118,0 pontos. Aliás, o resultado alcançado em julho corresponde à máxima histórica do indicador.
Em resumo, a principal contribuição a esse recuo foi a queda da confiança do consumidor, de -4,4 pontos em julho para -5,3 pontos em agosto. Nesse caso, o resultado veio em linha com as projeções de analistas. A propósito, a Comissão Europeia, considerada braço executivo da União Europeia, divulgou os dados nesta segunda (30).
Além disso, a confiança da indústria seguiu a mesma trajetória descendente, caindo de 14,5 para 13,7 pontos no período. Contudo, o recuo foi menor que o esperado, que apontava retração para 12,7 pontos. Da mesma forma, a confiança dos serviços também caiu (18,9 para 16,8 pontos).
Entre os países integrantes da zona do euro, a maior queda veio da França (-4,5 pontos). Na sequência, ficaram: Holanda (-3,0 pontos), Itália (-1,9 ponto), Polônia (-1,7 ponto) e Espanha (-1,2 ponto). Já na Alemanha, maior economia europeia, o índice de sentimento econômico caiu 0,3 ponto em agosto.
Vale destacar que o índice do sentimento econômico da zona do euro estava em 78,1 pontos em junho do ano passado. A pandemia da Covid-19 e todas as medidas restritivas adotadas na Europa provocaram o forte tombo. No entanto, o alívio das restrições por diversos governos locais vem impulsionando o índice nos últimos meses.
Indicador de emprego sobe em agosto
De acordo com a Comissão Europeia, o indicador de expectativas de emprego da zona do euro não seguiu o mesmo caminho em agosto. Em suma, o índice cresceu 1,2 ponto no mês, passando de 111,6 pontos em julho para 112,8 pontos em agosto. Assim, o indicador renovou a sua máxima desde novembro de 2018.
Esse avanço aconteceu, em grande parte, graças ao aumento de contratações nos países em agosto. Entretanto, nem mesmo a elevação das expectativas de emprego conseguiram ajudar o otimismo local. Por isso que o sentimento econômico recuou no mês.
Por fim, a variante Delta do novo coronavírus vem causando preocupações nos mercados mundiais. A cepa é a mais transmissível e agressiva já sequenciada do vírus e está elevando os casos e mortes no planeta há meses. E isso ocorre inclusive em países com percentuais elevados da população imunizada.
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