Nesta semana, mais especificamente terça-feira (9), os senadores discutiram sobre as propostas para o novo auxílio emergencial juntamente com outro programa de assistência social. Estão à procura de opções que não façam parte do ajuste fiscal. Paulo Guedes, ministro da economia, é contra e afirma que os 30 milhões que precisam do benefício só o conseguirão obter com a mudança de regras. O mesmo já afirmou que, caso precise ultrapassar o prazo de três meses de benefício, será necessário congelar o salário mínimo por dois ou três anos.
O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, afirmou que pretende usar “boas relações” para negociar com Jair Bolsonaro e outros membros. Deseja que cheguem a um acordo o mais breve possível. “É um momento de reflexão sobre as pessoas que estão sendo vulnerabilizadas pela pandemia”, ressaltou em uma entrevista para a TV Senado.
Ontem (10), o Congresso instalou a Comissão Mista de Orçamento (CMO) para que pudessem analisar as contas públicas e tomar a melhor decisão. Acredita-se que, nesta próxima edição, os pagamentos sejam de R$ 200 por até três meses.
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Contudo, há propostas que sugerem adiar até dezembro para as cidades mais carentes e que estão praticando o isolamento. Essa opção foi sugerida por Sidney Leite (PSD – AM) e que complementa a Lei 13982/20. Segundo o documento, devem abranger as cidades que praticam o isolamento e proibiram o comércio juntamente com mães solo ou carentes. Também é necessário que o inscrito não esteja cadastrado no MEI ou recebendo seguro-desemprego.
Ajuste fiscal e a guerra entre senadores
Os senadores já argumentaram que o novo auxílio emergencial deve estar fora do ajuste fiscal para que não prejudique os brasileiros futuramente. Além disso, alguns deixam claro que esse valor é insuficiente para a população. Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo, manifestou-se e afirmou que deveria ser pago até que toda a população fosse vacinada. Contudo, há estudos que afirmam que, se a vacinação continuar neste ritmo, terminará somente no ano de 2024.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi entrevistado e disse que não há como retirar mais dinheiro público fora do teto de gastos e ajuste fiscal. Segundo ele, “é preciso tomar ações para que a dívida não continue crescendo”.