Davi Alcolumbre (União), senador por Alagoas que é o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, confirmou nesta segunda-feira (12) a data para a sabatina do advogado Cristiano Zanin, indicado para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com o parlamentar, o rito ocorrerá no próximo dia 21 deste mês de junho.
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Assim como publicou o Brasil123, Cristiano Zanin, que foi advogado de Lula nos processos contra o presidente no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), foi indicado pelo petista para ocupar a vaga que era de Ricardo Lewandowski, que se aposentou da Corte ao completar a idade máxima permitida pelo Supremo: 75 anos.
Segundo Davi Alcolumbre, o relator da indicação feita por Lula será o vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB). Esse anúncio aconteceu horas após Cristiano Zanin ter se encontrado com chefe da Comissão de Constituição de Justiça e também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD).
Depois da reunião, Rodrigo Pacheco afirmou que o nome do advogado será votado em plenário na mesma data da sabatina, isto é, no dia 21 deste mês. “Tão logo finalizadas a sabatina e a votação na CCJ, darei encaminhamento ao Plenário do Senado na mesma data”, informou o presidente da Casa.
Caso seja aprovado pelo plenário, Cristiano Zanin, que tem 47 anos e é bem próximo de Lula, estará apto a assumir a função que era de Ricardo Lewandowski, que deixou o STF no mês de abril.
O que Cristiano Zanin precisa para ser aprovado
De acordo com informações que constam no site do Senado, para que Cristiano Zanin se torne ministro do STF, ele terá que ser aprovado duas vezes. A primeira na CCJ. Por lá, ele precisa dos votos da maioria dos presentes – a votação na comissão, que conta com 27 membros, só começará com a presença de ao menos 14 senadores.
Caso seja aprovado na comissão, o nome de Cristiano Zanin seguirá para o plenário do Senado. Por lá, ele precisará de no mínimo 41 votos favoráveis – a votação só começará quando este número de presentes estiver no plenário. Tanto a votação na CCJ quanto a no plenário do Senado são secretas.
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