Foi aprovado nesta quinta-feira (24), pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, um convite para que Milton Ribeiro, ministro da Educação, explique sobre o suposto favorecimento a pastores na liberação de verbas da pasta.
Na ocasião, senadores que fazem parte da comissão também aprovaram o convite para que sejam chamados à Casa dois dos pastores que teriam sido supostamente beneficiado pelo fato: Gilmar Silva e Arilton Moura. Além deles, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, também deve ser chamado.
O requerimento foi apresentado pela oposição do governo, que pediu a convocação do ministro. Tal fato tem um peso maior, pois, neste formato, Milton Ribeiro seria obrigado a comparecer. No entanto, depois de um pedido do senador Wellington Fagundes (PL), que pertence ao mesmo partido que o chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), essa convocação foi transformada em convite – neste caso a presença é facultativa.
Em seu pedido, Wellingon Fagundes disse que o correto seria um convite e não uma convocação porque o próprio chefe da Educação já havia dito que estava à disposição para prestar esclarecimentos à comissão.
Além de mudar a forma da chamada, os senadores também adiaram o dia previsto para que o ministro compareça ao Senado. Em um primeiro momento, estava programado que ele seria ouvido na próxima feira (28). No entanto, o ato foi adiado e agora está marcado para quinta-feira (31).
Ministro da Educação e a influência de pastores
O convite feito ao ministro acontece por conta de matérias dos jornais “O Estado de S. Paulo” e “Folha de S. Paulo”. Ambos apontarem a existência de um “gabinete paralelo” que é formado por pastores.
Esses líderes religiosos, informaram as publicações, controlariam a liberação de verbas e a agenda do Ministério da Educação. No começo da semana, além da afirmação, surgiu um áudio. Na gravação, Milton Ribeiro disse que repassa verbas para municípios indicados pelos pastores Gilmar Silva e Arilton Moura, e que faz isso a pedido do presidente Jair Bolsonaro.
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