O presidente Jair Bolsonaro (PL) se despede do Executivo em pouco mais de um mês. Antes disso, ele deve conseguir emplacar seis novos integrantes para vagas em agências reguladoras – as indicações foram aprovadas na quarta-feira (23) pela Comissão de Infraestrutura do Senado e confirmadas pelo plenário da Casa.
De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo” publicadas nesta quinta-feira (24), a votação na comissão gerou um atrito por questões de disputa política em relação aos chamados “apadrinhamentos” das indicações.
Conforme o jornal, foram escolhidos nomes para as seguintes instituições:
- Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
- Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
- E a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
Na ANTT, o aprovado foi Lucas Asfor Rocha Lima, um nome que ganhou força por conta do apoio de senadores. Ele, que é sócio-fundador do escritório Asfor, Gomes de Matos Advogados Associados, é mestre em Ciências Jurídico-Políticas. O outro indicado para a ANTT foi o servidor Felipe Queiroz, que atua no segmento de transportes.
Já para a Antaq, foram escolhidos o advogado Caio César Farias Leôncio, o servidor Alber Furtado de Vasconcelos Neto e o vice-almirante Wilson Pereira de Lima Filho. Por fim, na Anatel, o escolhido foi Alexandre Reis Siqueira Freire.
O senador Wellington Fagundes (PL), integrante do partido de Bolsonaro, ficou insatisfeito por não ter apadrinhado uma das indicações à ANTT. No Senado, ele se queixou porque o governo Bolsonaro supostamente deixou de cumprir um acordo que permitia que ele indicasse um nome de Mato Grosso para a ANTT.
“Houve um compromisso de que o Mato Grosso teria a indicação de uma diretoria da Antaq [Agência Nacional de Transportes Aquaviários] e uma da ANTT”, afirmou ele durante a sessão. “Eis que, hoje, nós chegamos, depois de tudo isso, a uma surpresa para mim, porque essas indicações foram feitas sem o cumprimento do entendimento que foi feito”, completou ele ao reclamar sobre o suposto descumprimento do acordo.
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