O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, ao explicar sobre a necessidade de se fazer aliados durante seu mandato que, “sem a maioria, você se mata”. Além disso, o chefe do Executivo ressaltou que não está negociando com o centrão, mas sim com os partidos que fazem parte deste grupo.
Centrão impulsiona mudanças no governo Lula
Essa declaração de Lula foi feita na noite de segunda-feira (10) durante o “Conversa com o Presidente”, uma transmissão semanal feita nas redes sociais do petista. Na ocasião, Lula ainda comemorou o avanço da agenda econômica do governo no Congresso e confessou esperar que a reforma tributária seja aprovada até o final deste ano
Durante a transmissão, Lula tornou a destacar que, para se aprovar demandas de interesse do governo no Congresso, é preciso absorver as propostas do poder legislativo. “Às vezes, um cara apresenta uma sugestão em uma medida provisória ou projeto de lei melhor do que aquela que o governo apresentou”, disse. “Não é a política do dando que se recebe que todo mundo fala.”
Na semana passada, na tentativa de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária na Câmara, por exemplo, o governo optou por negociar a partir de propostas que já tinham sido apresentadas no Congresso, ao invés de enviar um projeto próprio de reforma.
De acordo com Lula, hoje, ele está aberto a discutir com os partidos que compõem o centrão. Apesar disso, ele explica que não vai discutir com o grupo, e sim isoladamente com cada legenda. “O centrão não é um partido político, ele se junta em função de determinadas coisas, mas habitualmente você negocia com partido”, destacou o petista.
Em outro momento, Lula comemorou as votações favoráveis ao governo na Câmara na última semana, completando ainda que o Brasil não pode “perder essa oportunidade”. “As pessoas querem que a economia cresça”, afirmou.
“É isso que estamos tentando construir, reduzindo a capacidade de pagamento de imposto, mas aumentando a quantidade de pessoas que vão pagar. O governo pode cobrar menos, mas arrecadar mais, porque tem mais gente pagando e a gente então inibe a sonegação”, completou o chefe do Executivo.
Por fim, ele, além de pontuar que a semana que passou foi “muito importante para o Brasil”, e não somente para o governo, Lula disse esperar do Senado a mesma postura relatada pelos parlamentares da Câmara dos Deputados. “Espero que o Senado repita a votação da Câmara e espero que a gente chegue no fim do ano com uma política tributária nova”, disse durante a live.
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