O instituto Quaest divulgou uma pesquisa nesta quinta-feira (08) mostrando que grande parte da população não aprova a reação do presidente Jair Bolsonaro (PL) de questionar o resultado da eleição depois de ele ter sido derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Conforme o instituto, duas mil pessoas foram ouvidas nesta semana. Deste total, 61% afirmou que não aprova a atitude de Bolsonaro de colocar em dúvida a lisura do processo eleitoral. Em contrapartida, 34% aprovam e 5% disseram não saber ou não responderam.
Assim como publicou o Brasil123, no final de novembro, o Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro, entrou com uma ação de teor golpista no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ação, a legenda pediu para que o TSE anulasse o segundo turno do pleito. Isso, sem apresentar nenhuma prova de ilegalidade.
Por conta do pedido, Alexandre de Moraes, presidente do tribunal, multou a legenda em R$ 22 milhões. Em sua decisão, ele classificou o pedido como “esdrúxulo e ilícito”. Segundo ele, somente “ignorância, o que não parece ser o caso” ou “evidente má-fé” levaria o partido a alegar que os resultados das urnas estariam prejudicados.
“A total má-fé da requerente em seu esdrúxulo e ilícito pedido, ostensivamente atentatório ao Estado Democrático de Direito e realizado de maneira inconsequente com a finalidade de incentivar movimentos criminosos e anti-democráticos”, afirmou ele.
Recentemente, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, afirmou que “tinha tranquilidade” a respeito dos resultados das urnas eletrônicas. No entanto, ele relatou que seu posicionamento mudou depois do que ele classificou como uma “insistência de Bolsonaro” para com o assunto.
Segundo o instituto, a pesquisa também perguntou a opinião dos eleitores sobre os protestos de apoiadores de Bolsonaro, que não concordam com a vitória de Lula e, por isso, pedem uma intervenção militar. Conforme a apuração, 45% acreditam que os pedidos são antidemocráticos, mesmo percentual dos que pensam ser democráticas. Outros 11% disseram não saber, ou não responderam.
Leia também: Presidente do Peru é preso após tentar aplicar golpe de Estado