Nos primeiros três meses deste ano, as solicitações de seguro-desemprego cresceram e alcançaram o nível mais alto para o trimestre desde 2016. Conforme o Ministério do Trabalho, 1,8 milhão de requerimentos foram registrados no país de janeiro a março. Isso representa um acréscimo de 5,7% em comparação ao mesmo período de 2022.
O total acumulado deste ano é o mais elevado desde 2016, quando 1,9 milhão de indivíduos requisitaram o benefício após perderem o emprego. O seguro-desemprego é concedido ao trabalhador dispensado sem justa causa e sem renda própria. O valor varia de R$ 1.320,00 a R$ 2.230,97 e é concedido em três a cinco parcelas. Março foi o mês com mais requerimentos no trimestre, com 683.218 pedidos. No entanto, o recorde foi registrado em maio de 2020, com 960.308 solicitações. O crescimento do benefício coincide com o aumento da taxa de desemprego no Brasil.
O economista Fernando de Holanda Barbosa Filho explica que o crescimento do número absoluto está relacionado ao acréscimo da formalização no ano anterior e à queda da atividade econômica em 2023. A combinação do número elevado de indivíduos com carteira assinada e a desaceleração da economia tende a aumentar os requerimentos do benefício.
Outro índice que antecipa os rumos do mercado de trabalho é o IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), que oscila em patamar baixo após o resultado positivo do primeiro trimestre ser quase totalmente revertido em abril.
Seguro-desemprego foi reajustado com novo salário-mínimo
O valor do seguro-desemprego foi reajustado e já está valendo para quem foi dispensado do trabalho. O Ministério do Trabalho e Emprego informou que o benefício acompanha o reajuste do salário-mínimo, que subiu de R$ 1.302 para R$ 1.320 no dia 1º de maio. Assim, o seguro-desemprego terá um valor mínimo de R$ 1.320 e um máximo de R$ 2.230,97 por parcela.
De janeiro a março deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego registrou 1,8 milhão de solicitações de seguro-desemprego no Brasil. O benefício é pago aos trabalhadores dispensados sem justa causa entre 31 e 60 dias após a solicitação. O seguro-desemprego é um direito constitucional dos trabalhadores.
Para receber o benefício, é preciso atender a alguns critérios, como não ter sido demitido por justa causa e não ter outra fonte de renda. O número de parcelas depende do tempo de serviço antes da demissão: quem trabalhou pelo menos seis meses com carteira assinada recebe três parcelas; quem trabalhou entre 12 e 23 meses recebe quatro parcelas; e quem trabalhou mais de 24 meses recebe cinco parcelas.
O seguro-desemprego é um benefício essencial para os trabalhadores que ficaram desempregados sem justa causa. Ele ajuda a manter o sustento financeiro temporariamente enquanto o trabalhador busca uma nova oportunidade de trabalho. É importante que os trabalhadores conheçam os seus direitos e saibam como pedir o benefício.
Existem três formas de pedir o seguro-desemprego: pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital (compatível com Android e iOS), pelo portal gov.br ou nas Superintendências Regionais do Trabalho. Quem optar pelo atendimento presencial deve agendar um horário pelo telefone 158.