A Secretaria de Saúde do Recife está investigando a morte de uma veterinária pela “doença da urina preta”. A doença tem esse nome popular por causa um escurecimento da urina logo após a ingestão de peixe.
No caso dessa veterinária, ela ingeriu um peixe de nome Arabaiana. Ela comprou o peixe no último dia 18 de fevereiro e comeu junto com a família. Logo depois, ela começou a se sentir mal, perdeu o controle das pernas e foi para o Hospital Real Português, no Centro da cidade.
A veterinária passou dias na UTI mas não resistiu em morreu na manhã desta terça-feira (2). Priscyla Andrade tinha 31 anos de idade e não tinha problemas de saúde aparentes, de acordo com os seus familiares.
A irmã de Priscyla, Flavia Andrade, de 36 anos, também passou mal logo depois de comer o peixe. Ela chegou a ir para o mesmo hospital. Mas o final de Flavia foi muito menos trágico. Ela já se recupera bem em casa.
Mas o caso do Recife liga um alerta nas autoridades sanitárias da região. É que o Brasil está passando por um pequeno surto da doença neste momento. Cientificamente falando, o nome dessa enfermidade é Síndrome de Haff.
Não precisa parar de comer peixe
Mas é preciso ter calma. Mesmo que se saiba que há um crescimento no número de casos da doença no Recife e em Salvador, você não precisa deixar de comer peixe. Os médicos apenas afirmam que é importante olhar a procedência do alimento.
Essa dica, aliás, vale para todo e qualquer alimento. No caso do peixe, essa doença existe por causa de uma toxina que está dentro dele. Quando ele não é bem armazenado, essa toxina ganha força e quem consome pode se sentir mal e até morrer.
Quem tem a doença costuma apresentar os sintomas assim que consome o peixe. A maioria das pessoas relatam dificuldades de mexer os braços e as pernas, além de um escurecimento na cor da urina.