A ativista Sara Winter afirmou, em entrevista à revista “Isto É”, na segunda-feira (22), que recebeu orientações do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com ela, que não apresentou nenhuma prova, essas orientações aconteceram durante uma ação feita no acampamento de um movimento chamado “300 do Brasil”, liderado por ela e realizado no ano passado na cidade de Brasília.
“Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no Rodrigo Maia [então presidente da Câmara] e redirecionar todos os esforços contra o STF”, disse ela na entrevista, afirmando ainda que o ministro a convidou para ir ao Planalto ouvir as orientações.
O acampamento de Sara Winter
O acampamento em questão, que tinha Sara Winter como porta-voz e aconteceu em julho de 2020, tinha como foco o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). À época, os manifestantes permaneceram acampados durante várias semanas na Esplanada dos Ministérios, sempre modificando o local de permanência.
Além das pautas de apoio ao chefe do Executivo, os protestantes também reivindicavam a saída dos presidentes da Câmara e do Senado à época e dos ministros do STF. Não suficiente, eles também apoiavam uma intervenção militar, chamada por eles de “intervenção do povo”.
Ativista se arrepende de apoiar o governo
Durante a entrevista, Sara Winter confessou que se arrepende de ter apoiado o presidente. Segundo ela, não há mais como defender Bolsonaro. Sara ainda apontou que aqueles que cercam o chefe do Executivo “cooptam ou destroem” as pessoas com destaque na direita.
Ministro nega declarações da ex-bolsonarista
Por fim, no Twitter, Augusto Helena afirmou que as falas de Sara Winter, que foi presa em junho de 2020 pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre atos antidemocrático, são “calúnias e acusações falsas”.
“Calúnias e acusações falsas da Sra Sara Winter sobre mim foram divulgadas pela ‘Isto é’ e vários outros sites […] Triste papel”, afirmou o ministro.
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