Esta semana ficou marcada por várias declarações envolvendo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A saber, o ministro do Trabalho e Previdência, Luiz Marinho, havia informado que a modalidade saque-aniversário chegaria ao fim.
No entanto, a repercussão negativa foi tão grande que fez o ministro voltar atrás em suas palavras. E os brasileiros, que temeram por algum momento pelo fim dos saques anuais do FGTS, tiveram mais tranquilidade após as novas declarações de Marinho.
Em síntese, o ministro afirmou em entrevista ao jornal O Globo que o governo Lula poderia acabar com o saque-aniversário do FGTS. De acordo com ele, a criação desta modalidade no governo Bolsonaro foi bastante irresponsável.
“Quando se estimula, como esse irresponsável e criminoso desse governo que terminou, sacar em todos os aniversários, quando o cidadão precisar dele (do FGTS), não tem. Como tem acontecido reclamação de trabalhadores demitidos que vão lá e não têm nada”, disse o ministro.
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Saque-aniversário não deverá chegar ao fim
Embora o ministro tenha feito a declaração, acreditando que seria bem recebida pelos brasileiros, não foi isso o que aconteceu. A repercussão negativa o fez voltar atrás e mudar o discurso.
“A nossa preocupação é com a proteção dos trabalhadores e trabalhadoras em caso de demissão e com a preservação da sua poupança”, afirmou Marinho, no dia seguinte à sua entrevista.
Vale destacar que cerca de 28 milhões de trabalhadores aderiram ao saque-aniversário desde 2019, quando o governo Bolsonaro o instituiu por uma lei. No total, os trabalhadores sacaram R$ 12 bilhões por ano, em média, totalizando R$ 34 bilhões.
Após a primeira declaração do ministro Luiz Marinho, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) criticou o possível encerramento da modalidade.
“O saque-aniversário, além de ser uma importante fonte de renda para milhares de trabalhadores, também oferece a oportunidade de reinserção no consumo para parte destes beneficiários que hoje se encontram com restrições ao crédito”, disse a Febraban.
“Esse mecanismo, portanto, é uma importante opção para os tomadores de crédito, tem caráter voluntário, é seguro e apresenta taxas mais acessíveis”, acrescentou.
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