O estado de São Paulo foi o primeiro a fechar um acordo de transferência de tecnologia para produção de uma vacina contra o novo coronavírus em território nacional. Desse modo, foi fechado um acordo com o laboratório chinês Sinovac para produção da vacina CoronaVac no Brasil.
Como resultado, na manhã desta quinta-feira, 3 de dezembro, foi entregue em São Paulo um lote com 600 litros de matéria-prima para produção da CoronaVac. O material foi recebido pelo governador do estado, João Doria, juntamente com o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. De acordo com o acordo firmado, o Instituto Butantan será responsável pela produção das doses da vacina no país. Assim, estima-se que a carga, recebida no aeroporto de Guarulhos, seja suficiente para a produção de 1 milhão de doses da CoronaVac.
Anteriormente, São Paulo já havia recebido 120 mil doses da CoronaVac prontas para aplicação. Ou seja, com a produção das novas doses, o estado estará munido com 1 milhão e 120 mil vacinas. O primeiro lote das vacinas foi recebido em 19 de novembro. Entretanto, a CoronaVac ainda não está disponível para aplicação na população. Joao Doria afirmou ainda que, até o final deste mês, São Paulo receberá mais 6 milhões de doses da vacina. Na sequência, serão entregues mais 40 milhões de doses da CoronaVac até 15 de janeiro.
Segundo a revista científica britânica The Lancet, a CoronaVac seria capaz de induzir a resposta imune contra a Covid-19 em 97% dos voluntários. Atualmente, ela está passando pela fase 3 de testes no Brasil, na qual será comprovada a sua eficácia e ausência de riscos para aqueles que a tomarem. Os estudos com a CoronaVac também estão acontecendo na Indonésia e na Turquia.
São Paulo retoma restrições contra Covid-19
No início da semana, o governo de São Paulo anunciou um recuo na fase atual do Plano São Paulo de reabertura. Assim, todo o estado foi colocado na fase amarela. Em outras palavras, a ocupação de shoppings, restaurantes, salões, academias e eventos voltou a ser reduzida, entre outras medidas. A decisão aconteceu após São Paulo registrar um aumento no número de internações em decorrência da Covid-19.