A cidade de São Paulo estuda aplicar a terceira dose da vacina contra Covid-19 nos grupos que foram imunizados primeiro: idosos e profissionais de Saúde. A informação foi dada pelo secretário da Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, em entrevista à GloboNews.
“Estamos discutindo a possibilidade de vacinar os dois primeiros grupos, idosos e profissionais de saúde. Tive uma conversa com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre essa questão, e ele nos informou que o Plano Nacional de Imunização (PNI) e o Ministério da Saúde estuda a questão da aplicação da terceira dose”, disse o secretário.
De acordo com Aparecido, o Ministério da Saúde está contabilizando o número de doses necessárias para aplicar a medida em todo o país.
“Estamos também em contato com o governo do estado. O horizonte que temos é dar início à vacinação de crianças e jovens com idades entre 12 e 17 anos e concluir a aplicação da segunda dose na população até o mês de novembro.”
Ministério da Saúde conduz estudo sobre 3ª dose da vacina
O principal motivo para a aplicação da dose de reforço é a chegada da variante Delta ao Brasil, onde já se transmite de modo comunitário. Isso porque a cepa é mais transmissível que as demais variantes do novo coronavírus e se tornou prevalente nos países por onde passou.
Para estudar a melhor forma de aplicar a dose de reforço em quem recebeu a vacina CoronaVac, nesta segunda (16), o Ministério da Saúde deve iniciar um estudo em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Ao todo, serão 1.200 voluntários divididos em 4 grupos diferentes, e cada um dos grupos receberá a dose de reforço de uma fabricante diferente: Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac e Janssen. Dessa forma, será possível verificar qual dose adicional confere maior proteção.
“Pessoas imunocomprometidas, pessoas transplantadas, que recebem constantemente muitas pressões, estes respondem pior pras vacinas. E os ‘tipos’ de anticorpos caem mais rápido. Então pra esses acho que é necessário realmente uma possibilidade de uma terceira dose.
Geralmente as pessoas idosas respondem pior também, né? Porque existe o fenômeno chamado de imunossenescência. O envelhecimento do sistema imune. Por isso que a resposta pode ser pior e a resposta dos anticorpos pode cair precocemente”, explicou a Dra. Lily Yin Weckx, responsável pelo estudo em São Paulo, ao portal G1.